Google anuncia que calendário de retorno ao escritório será adiantado

A chefe de recursos humanos do Google, Fiona Cicconi, escreveu aos funcionários da empresa há alguns dias anunciando que o calendário de retorno ao escritório estava sendo adiantado. Segundo ela, a partir de 1º de setembro, aqueles que quiserem trabalhar em casa por mais de 14 dias terão que enviar um pedido formal à empresa.

Essa ideia parece contrariar o que foi dito pelos executivos do Vale do Silício no ano passado, quando eles defenderam as virtudes do trabalho remoto. Um exemplo disso foi o cofundador do Twitter, Jack Dorsey, que ganhou as manchetes em todo o mundo em maio de 2020, quando disse que os funcionários da rede social poderiam a partir de então "trabalhar de casa para sempre".

Com a pandemia da Covid-19, o "novo normal" para as empresas do Vale do Silício seria uma força de trabalho altamente orientada para o remoto, com apenas uma equipe mínima no escritório. Mas se olharmos atentamente às declarações dos chefes das empresas de tecnologia, parece que isso não vai acontecer. 

Quase todas as empresas de tecnologia do Vale do Silício disseram que agora estão comprometidas com o trabalho "flexível" ou "híbrido".

A Microsoft prevê que "trabalhar em casa parte do tempo (menos de 50%) será o padrão para a maioria dos empregos" no futuro. A Amazon também comunicou um plano aos funcionários. "Nosso plano é retornar a uma cultura centrada no escritório como padrão. Acreditamos que isso nos permite inventar, colaborar e aprender juntos de forma mais eficaz."

Segundo Prithwiraj Choudhury, professor da Harvard Business School e defensor do trabalho remoto, as empresas de tecnologia estão há muito tempo na vanguarda desse modelo.