Governo dos EUA vai promover mudança na presença militar global e focar na América Latina
Nova estratégia de política foi divulgada nesta sexta-feira (5) pela Casa Branca

Foto: Divulgação/Marinha dos Estados Unidos
O governo dos Estados Unidos anunciou que vai promover uma mudança na presença global e focar mais na América Latina, transferindo responsabilidades para aliados, conforme divulgado pela Casa Branca nesta sexta-feira (5).
A estratégia de política prometeu um “reajuste de nossa presença militar global para enfrentar ameaças urgentes em nosso Hemisfério, afastando-nos de teatros cuja relevância relativa para a segurança nacional americana diminuiu nas últimas décadas ou anos”.
A publicação ocorre em meio a uma ampla mobilização militar no Caribe e uma escalada de tensões contra o governo da Venezuela. O documento expõe o objetivo de reforçar a influência dos EUA na América Latina e reduzir a presença de países não-ocidentais.
Nomeado de "Estratégia de Segurança Nacional", o documento norteia as políticas que serão tomadas pelo governo Trump para buscar supremacia de seus interesses sobre os demais países.
Segundo o texto, o reajuste militar na América Latina será baseado em três principais elementos:
"Uma presença mais adequada da Guarda Costeira e da Marinha para controlar as rotas marítimas, conter a migração ilegal e outras formas indesejadas de migração, reduzir o tráfico de pessoas e de drogas e controlar rotas de trânsito essenciais em situações de crise";
"Ações direcionadas para proteger a fronteira e derrotar cartéis de drogas, incluindo, quando necessário, o uso de força letal para substituir a estratégia fracassada baseada apenas na aplicação da lei nas últimas décadas";
"Estabelecer ou ampliar o acesso em locais de importância estratégica".
"Negaremos a competidores de fora do Hemisfério a capacidade de posicionar forças ou outras capacidades ameaçadoras, ou de possuir ou controlar ativos de importância estratégica em nosso Hemisfério", afirma o documento.
O governo americano acredita que a influência de alguns países sobre a América Latina "será difícil reverter", mas prometem apostar no aspecto de que essa relação se dá mais pelo fator comercial do que pelo alinhamento ideológico.
"Iremos alistar amigos já estabelecidos no Hemisfério para controlar a migração, interromper o fluxo de drogas e fortalecer a estabilidade e a segurança em terra e no mar. Também iremos expandir, cultivando e fortalecendo novos parceiros, ao mesmo tempo em que reforçamos o apelo de nossa própria nação como o parceiro econômico e de segurança preferido do Hemisfério", afirma o documento.


