Governo gastou menos de 40% do previsto em ajuda para o coronavírus

Guedes rebate criticas sobre falta de apoio por parte do governo

Por Da Redação
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Governo gastou menos de 40% do previsto em ajuda para o coronavírus

Foto: Reprodução/Internet

Três meses depois da OMS (Organização Mundial da Saúde) declarar o coronavírus como uma pandemia, o governo brasileiro já autorizou gastos de mais de R$ 400 bilhões para tentar salvar empregos, socorrer os trabalhadores informais e desempregados e aumentar os gastos com a saúde. Entretanto, menos de 40% (R$ 150,3 bilhões) disso até agora foi efetivamente pago, ainda que existam programas cujo cronograma de pagamento não se encerrou, como o auxílio de R$ 600.

De outro lado, a cifra já gasta não significa, porém, que tudo chegou a quem mais precisa, principalmente porque parte do dinheiro repassado a bancos públicos para incentivar financiamentos ainda não se transformou em crédito na ponta. Além dos gastos que saíram diretamente do caixa da União, o governo anunciou outras medidas que não têm impacto direto sobre as contas públicas, como adiamento de prazos para pagar impostos, antecipação de benefícios e facilitação para renegociação de dívidas.

O Ministério da Economia calcula que as medidas de combate ultrapassam R$ 1 trilhão. Na terça-feira (9), durante a reunião do Conselho de Governo, o ministro da Economia, Paulo Guedes, rebateu críticas de que o governo fez pouco. "Gastamos duas vezes a média dos países emergentes e 10% acima da média dos países avançados, enquanto estavam dizendo aqui que o Brasil não fazia nada". 

Em abril, o governo abriu R$ 34 bilhões no orçamento para bancar essas operações. R$ 17 bilhões foram transferidos para o BNDES, responsável por gerir o programa. Até agora, só R$ 3,7 bilhões foram concedidos a 102 mil empregadores.O crédito para folha é baseado em garantias do Tesouro. Assim, se a empresa não consiga pagar as prestações, a instituição financeira recorre ao dinheiro público para não ficar no prejuízo.

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