Governo muda previsão do PIB de 2021 e projeta inflação maior em 2022

Ministério da Economia vê inflação de 9,7%

Por Da Redação
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Governo muda previsão do PIB de 2021 e projeta inflação maior em 2022

Foto: Agência Brasil

Um relatório do Ministério da Economia, divulgado nesta quarta-feira (17), mostra as novas expectativas para a economia brasileira em 2021. De acordo com os dados, não há mais previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 5,3% para 5,1%. Além disso, o documento prevê inflação de 9,7% no período acumulado entre janeiro e dezembro. 

Caso as expectativas da Secretaria de Política Econômica (SPE) sejam confirmadas pelos dados oficiais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) vai encerrar o ano acima do dobro da meta estabelecida pelo governo em 3,75%, com tolerância de 1,5 ponto percentual. Para 2022, a projeção do IPCA passou de 3,75% para 4,7%.

As projeções apontam que, a partir de 2023, pode haver aumento dos preços convergindo para a meta de 3,25% e de 3% após 2024. "Os efeitos negativos na oferta e a maior demanda global são notórios e podem ser vistos na pressão no nível de preços", aponta o documento.

O relatório revela também as apostas no salto do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), responsável pelo reajuste do salário mínimo. A nova projeção aponta uma alta de 10,04% do indicador, que mede a variação do custo de vida das famílias com rendimento de até cinco salários mínimos. O documento da pasta atingiu também as expectativas para o PIB do ano que vem. A nova estimativa prevê um salto de 2,1% das riquezas nacionais em 2022, ante aposta de crescimento na casa dos 2,5% divulgada em setembro.

"Diversos fatores têm afetado a expansão global, destacando-se os efeitos danosos da quebra de cadeias globais que prejudicam a indústria e reduzem sua produção devido à falta de insumos. Ademais, semelhante ao Brasil, na China e em alguns países europeus há problemas na oferta da matriz energética, com forte elevação dos preços na Europa e racionamento na China", diz trecho do relatório.


 

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