Governo planejar construir "marca social" com reformulação do Bolsa Família
'Super Bolsa Família' contemplaria 12 milhões de brasileiros a mais do que o atual

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A equipe econômica do governo de Jair Bolsonaro encomendou uma pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) no intuito de reformular e ampliar o número de pessoas atendidas pelo Bolsa Família. O projeto planeja atingir um 'marco social' para o governo do atual presidente.
Um dos pontos proposto na reforma do programa, que já existe há 15 anos, sugere que haja cortes em benefícios voltados para a população com alta renda do Brasil, como o abono salarial e deduções no Imposto de Renda (IR), segundo informações do O Globo. O intuito do corte é justamente disponibilizar mais verba para as pessoas que precisam do Bolsa Família.
A proposta do Ipea irá unificar quatro benefícios: Bolsa Família, salário-família, abono salarial e dedução de dependente no IR, criando o que eles batizaram de 'Super Bolsa Família'.
Os quatro benefícios citadas atualmente contemplam 80 milhões de pessoas no Brasil mantendo um custo anual de R$ 52 bilhões. Com a reforma do programa o custo continuaria o mesmo, mas abrangeria para um total de 92 milhões de beneficiários.
O Super Bolsa Família
Uma das principais alterações da proposta original é a inclusão de um benefício universal, com o valor de R$ 45, pago a todas as crianças e adolescentes do país com até 18 anos, independente da renda familiar. Além disso, existiria um segundo benefício direcionado para crianças de 0 a 4 anos de famílias pobres, com renda de até R$ 250 por pessoa.
Se mesmo depois desses auxílios, as pessoas ainda comprovassem que a renda continua abaixo do esperado, haveria ainda um benefício extra de R$ 44 por pessoa.
O novo programa irá contemplar as pessoas de acordo com o número de crianças, adolescentes e gestantes, diferente de como é feito o pagamento atualmente, cujo critério de recebimento é classificado por uma renda inferior a R$ 178 mensais por pessoa.
Além disso, o governo estudo oferecer uma renda extra para os brasileiros que tiverem uma renda per capita inferior a R$ 89.
Para a reforma fechar com o custo estimado de R$ 52 bilhões ao ano, será necessário a exclusão de outro benefícios, como: salário-família, auxílio mensal pago a trabalhadores formais com filhos de até 14 anos, e a dedução por dependente no IR.


