No mandato do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump, promotores do Departamento dos Estados Unidos solicitaram à Apple dados pessoais de dois congressistas democratas, segundo o jornal The New York Times.

Um deles era Adam Schiff, o principal democrata do órgão e grande opositor de Trump. Atualmente, ele preside o comitê. Eric Swalwell confirmou à CNN que foi o segundo afetado. "Fui notificado pela Apple de que eles apreenderam meus registros".

O jornal americano revelou também que o Departamento de Justiça interceptou o histórico de telefonemas feitos por jornalistas do NYT durante o governo Trump. Repórteres do jornal "Washington Post" e da "CNN" também descobriram ter sido rastreados durante quatro meses.

Após o caso vir à tona, o Departamento de Justiça dos EUA afirmou que não buscará mais informações de repórteres em investigação de vazamentos.

Além de informações dos congressistas, os promotores conseguiram ainda registros eletrônicos de seus funcionários e parentes, incluindo um menor de idade. 

O jornal diz que investigadores provavelmente pensaram que os políticos usavam os aparelhos de pessoas próximas ou de seus filhos para esconder os contatos com jornalistas, mas não encontraram vínculos dos democratas do Comitê de Inteligência aos vazamentos.

A democrata Nancy Pelosi, presidente da Câmara americana, também pediu uma investigação e chamou o caso de "horroroso". "Estas ações parecem ser outro ataque atroz à nossa democracia por parte do ex-presidente".