Grupo de extrema direita desamantelada na Alemanha tem articulações com o Brasil
No Brasil, um dos grupos identificados com as campanhas do QAnon é o Pugnaculum

Foto: Reprodução/ Twitter
Na semana passada uma mega-operação da polícia alemã revelou uma rede da extrema direita que conspirava para tomar o poder no país. Os planos, que muitos analistas consideram delirantes, mas que outros levam a sério, incluíam uma invasão do Bundestag, o Parlamento alemão, o corte de energia no país, provocando o caos, a derrubada do governo e a tomada do poder, além da renegociação com as potências vencedoras da Segunda Guerra Mundial das fronteiras alemãs.
De início, foram detidas 25 pessoas, e outras 27 foram postas sob investigação, incluindo um autoproclamado príncipe de família aristocrática, militares reformados de alta patente das Forças Armadas e uma juíza e ex-deputada do Parlamento, filiada ao partido Alternative für Deutschland.
A rede deste grupo, intitulado de União Patriótica, se estendia por diversos estados alemães e tinha conexões internacionais, chegando, por via direta ou indireta, até o Brasil.
Um dos militares reformados detidos na operação policial na semana passada, pertencente ao União Patriótica, costumava passar férias em Santa Catarina, no Brasil, onde tem duas empresas em operação. Outros membros do grupo têm ligação com o movimento norte-americano e internacional conhecido como QAnon, presente hoje em mais de 70 países, incluindo o Brasil.
Entre outras teorias conspiratórias, o QAnon defende a ideia de que houve e há um complô contra o ex-presidente Donald Trump, e que ele é o único líder capaz de combater o tráfico internacional de crianças para práticas de prostituição infantil..