Grupo pró-Bolsonaro faz ato no Farol da Barra neste domingo 

De cima de um trio elétrico, líderes do ato na capital baiana incentivam manifestantes a lutarem pela aprovação da reforma da Previdência, dos pacotes anticrime e anticorrupção

Por Da Redação
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Grupo pró-Bolsonaro faz ato no Farol da Barra neste domingo 

Foto: Gilberto Júnior

Aos poucos, os manifestantes que realizam ato a favor do presidente da República Jair Bolsonaro (PSL) começam a chegar, neste domingo (26), ao Farol da Barra, bairro nobre de Salvador e conhecido como área preferida para os protestos dos eleitores do atual presidente. Os organizadores não souberam afirmar, até o fechamento desta matéria, o número de participantes no movimento.  

De cima de um trio elétrico, líderes do ato na capital baiana incentivam manifestantes a lutarem pela aprovação da reforma da Previdência, dos pacotes anticrime, anticorrupção e pedem que o Coaf seja de responsabilidade do juiz Sérgio Moro. 

Também tem sido alvo dos manifestantes o "centrão" – bloco informal associado à "velha política", que reúne cerca de 200 dos 513 deputados de partidos como PP, DEM, PRB, MDB e Solidariedade–, além os partidos de esquerda, sobretudo o PT, principal rival do PSL.

A manifestação, marcada para às 9h30, começou com um culto evangélico para o que, segundo os organizadores, “é uma forma de espantar o mal do Brasil". Em seguida, jovens fizeram uma apresentação de pagode que tinha como refrão "levanta, soldado, enfrenta o perigo, força capitão", música escrita à época em que o então presidenciável levou uma facada.

Com um cartaz escrito “O PT não vai acabar com o meu Brasil”, a empresária Luciana D’Ávila, de 42 anos, saiu de Lauro de Freitas para o ato que, segundo ela, vai ajudar a mostrar ao presidente que o povo está com ele. “É preciso combater essa ideologia barata que tem custado caro ao Brasil há anos. Não vamos desistir de transformar o país num ambiente de família, de quem trabalha honestamente, de gente de bem, que tem valores”, diz.

Aos gritos de “Quero a minha arma para me proteger da bandidagem”, o médico André Azevedo, 49, pede para que o decreto de armas seja expandido para médicos. “Hoje em dia, qualquer um pode invadir seu consultório, roubar o seu ambiente de trabalho e o Estado não faz absolutamente nada. Se a lei é cada um por si, que tenhamos com o que se defender”, argumenta.

Boa parte da articulação se deu via redes sociais. No Twitter, ao menos 12 contas ligadas à rede bolsonarista usaram a hashtag #dia26nasruas para convocar simpatizantes do presidente à manifestação. O texto disparado por Bolsonaro no WhatsApp no último dia 17 é visto por esses apoiadores como sinal de motivação para a realização dos atos. 

A iniciativa é uma resposta às manifestações contra o governo na última quarta-feira (15). O movimento, porém, não tem a adesão dos principais grupos que lideraram os atos pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff: Vem Pra Rua, NasRuas e MBL, que consideram o ato “desnecessário, feito por gente lunática”.

 

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