Um grupo de pessoas plantou mudas de árvores nesta quinta-feira (6), em Salvador, para homenagear os 12 jovens mortos durante uma chacina no bairro do Cabula, em 2015. A homenagem aconteceu na Vila Moisés, mesmo lugar onde ocorreu a ação policial.

A Chacina do Cabula ocorreu em 6 de fevereiro de 2015, poucos dias antes do carnaval na capital baiana. O inquérito da Polícia Civil, realizado na época, aponta legítima defesa na ação dos PMs, que não tiveram os nomes divulgados até hoje. Já o Ministério Público (MP-BA) denunciou os policiais por homicídio.

Investigações

Até o momento, em cinco anos, o caso segue sob análise da Justiça da Bahia. Nove policiais militares são réus. Eles chegaram a ser julgados e absolvidos, em 2015. No entanto, a sentença foi anulada após pedido do Ministério Público da Bahia (MP-BA). Os agentes aguardam um novo julgamento em liberdade. Não há previsão de quando eles serão levados ao júri novamente. 

No ano de 2018, depois da anulação do primeiro julgamento, a Procuradoria-Geral da República (PGR) tentou transferir o caso para a Justiça Federal, contudo, o pedido foi negado e, em dezembro do mesmo ano, o caso voltou para o 1º Juízo do Tribunal de Justiça da Bahia.

Além do MP, da Justiça e da PM, o caso é acompanhado pela Anistia Internacional e pelo Movimento Reaja ou Será Morto, que ajudou as famílias das vítimas a pressionar as autoridades durante as investigações.