Guarda municipal é denunciado pelo MP por agredir sete pessoas em Itapetinga
Segundo denúncia, Marcos Silva praticou violência e grave ameaça no exercício do cargo
Foto: Reprodução
O Ministério Público da Bahia denunciou, na terça-feira (30), o guarda municipal de Itapetinga Marcos dos Santos Silva por ter agredido sete pessoas no dia 14 de julho na cidade. Segundo a denúncia, o guarda praticou violência e grave ameaça no exercício do cargo, e efetuou disparo de arma de fogo em via pública.
Ele foi acusado pelos crimes de lesão corporal, constrangimento ilegal, disparo de arma de fogo, ameaça, violência arbitrária e pela contravenção penal de vias de fato. Além do crime de falsidade ideológica, por ter feito declaração falsa no Relatório de Ocorrência da Guarda Municipal. Também foi denunciado pelo crime de lesão corporal Rodrigo Teixeira Santos.
Por conta dos crimes, o MP pediu à Justiça a suspensão do exercício do cargo público do guarda municipal, a suspensão da posse e do porte de arma de fogo, além da determinação de proibição de contato com as vítimas e testemunhas e de aproximação destas até o limite de 300 metros. Já em relação ao denunciado Rodrigo Teixeira Santos, o Ministério solicitou que a Justiça determine a proibição de contato com as vítimas e testemunhas e de aproximação destas também até o limite de 300 metros.
Caso
De acordo com a denúncia, Marcos agia em retaliação a uma desavença que seu filho havia tido com a vítima Luiz Augusto, por conta de fato ocorrido em uma escola da cidade. Na ocasião, ele ordenou que todos se deitassem no chão e depois efetuou um disparo de arma de fogo em via pública.
Ele determinou que as sete pessoas ficassem em fila e retirou a vítima Luiz Augusto do grupo, colocando-a sentada em um banco, desferindo socos e chutes, atingindo-o na região do tórax e nas costas. O acusado teria mobilizado outros integrantes da Guarda Civil Municipal e utilizado o veículo da instituição para conduzir indevidamente as vítimas à delegacia de polícia.
“A gravidade concreta das condutas praticadas pelo denunciado Marcos demonstra a periculosidade deste, uma vez que, no exercício do cargo de guarda municipal e com o emprego de arma de fogo, agrediu sete pessoas, constrangeu-as, ameaçou-as e deflagrou um tiro”, destacaram os promotores de Justiça.
