Guerra: autoridades seguem tentando retirar civis de Mariupol
Ação, que começou no último sábado (30), conta com ajuda da ONU

Foto: ACNUR/Valerio Muscella
A retirada de moradores de Mariupol, cidade ucraniana cercada há semanas pelas tropas russas, continua nesta segunda-feira (2). No último sábado (30), autoridades locais iniciaram ações para retirar civis do município e da fábrica Azovstal, onde centenas de pessoas permanecem encurraladas.
De acordo com o município, foram acertados dois locais adicionais para retirar pessoas de Mariupol, com o apoio da Organização das Nações Unidas (ONU) e do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV). No último domingo (1), a Ucrânia conseguiu retirar de 80 a 100 refugiados civis de Azovstal em Mariupol, depois de várias operações fracassadas.
Kiev descreveu a operação como a mais difícil desde que a guerra começou, há mais de dois meses. No início da semana passada, o secretário-geral da organização, António Guterres, reuniu-se com o presidente russo, Vladimir Putin, de quem obteve "acordo de princípio" para envolver a ONU e o CICV na operação.
Guterres viajou depois para Kiev, a fim de acertar detalhes com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenski, e garantir que a ONU estava fazendo "tudo o que era possível" para conseguir a retirada dos civis da siderúrgica. A Rússia lançou, em 24 de fevereiro, ofensiva militar na Ucrânia que já matou cerca de 3 mil civis, segundo a ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.