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Harvard cria fundo de US$ 100 mi para políticas de reparação da escravidão

Decisão acompanha relatório que aponta que a universidade se beneficiou da exploração racial

Por Da Redação
Ás

Harvard cria fundo de US$ 100 mi para políticas de reparação da escravidão

Foto: Divulgação

A Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, reservou US$ 100 milhões (cerca de R$ 498 milhões) para um fundo de doação que irá custear medidas de reparação histórica pela escravidão. A decisão acompanha um relatório que aponta que a universidade se beneficiou da exploração racial mesmo após a abolição da escravidão.

Na última terça-feira (26), o presidente de Harvard, Lawrence Bacow, informou sobre a nova resolução adotada pela universidade a todos os alunos, docentes e funcionários. “A escravidão e seu legado fazem parte da vida americana há mais de 400 anos. O trabalho de corrigir ainda mais seus efeitos persistentes exigirá nossos esforços nos próximos anos”, escreveu Bacow.

A declaração do acadêmico acompanha um relatório de 100 páginas do Comitê de 14 membros da universidade sobre Harvard e o Legado da Escravidão. “A instituição de ensino superior mais antiga do país ajudou a perpetuar a opressão e a exploração racial da época”, aponta o relatório, que também denuncia a exclusão de estudantes negros em Harvard.

A decisão de repassar os fundos para implementações de medidas reparatórias ocorre em meio a uma conversa mais ampla sobre os impactos de séculos de escravidão, discriminação e racismo. A verba será destinada ao apoio educacional de descendentes de escravizados em Harvard para que eles “possam recuperar suas histórias, contar suas histórias e buscar conhecimento empoderador”.

O comitê que administrará o “Fundo do legado da escravidão” afirma que irá trabalhar para melhorar as oportunidades educacionais para os descendentes de negros e nativos americanos escravizados; homenagear os escravizados por meio de memoriais, pesquisas e currículos; abrir parcerias com faculdades e universidades historicamente negras e faculdades tribais, incluindo intercâmbio de estudantes e professores; e construir relacionamentos com os descendentes diretos de pessoas escravizadas que trabalhavam no campus de Harvard ou que foram escravizadas por seus líderes, corpo docente ou funcionários da instituição.
 
 

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