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Histórias de heroísmo de 31 agentes comunitários brasileiros inspira livro Caminhos da Saúde

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Histórias de heroísmo de 31 agentes comunitários brasileiros inspira livro Caminhos da Saúde

Publicação revela em 200 páginas a bravura e generosidade desses profissionais e pode ser acessada gratuitamente

Por Michel Telles
Histórias de heroísmo de 31 agentes comunitários brasileiros inspira livro Caminhos da Saúde
Foto: Divulgação

Principal elo entre a população e os serviços de saúde pública no Brasil, os Agentes Comunitários de Saúde (ACS) atuam muito além das ações de prevenção de doenças e promoção da saúde nas comunidades. O trabalho diário destes profissionais também é marcado por histórias de acolhimento, bravura e generosidade. Algumas delas são retratadas no livro Caminhos da Saúde, que acaba de ser lançado e pode ser acessado gratuitamente através do link: https://cecbrasil.com.br/livro-caminhos-da-saude/

A obra tem realização da CEC Brasil com patrocínio da Johnson & Johnson, via Lei de Incentivo à Cultura da Secretaria Especial de Cultura. Com textos da jornalista Angélica Santa Cruz e direção fotográfica de Roberto Setton, o livro tem 200 páginas e traz o perfil de 31 agentes comunitários espalhados por todas as regiões do país, revelando comoventes relatos de solidariedade e heroísmo, até então anônimos. Suas páginas revelam os desafios diários destes profissionais, que desempenham um verdadeiro trabalho de cidadania, contribuindo com importantes mudanças dos perfis epidemiológico e sociodemográfico do país.

Caminhos da Saúde é o retrato de um Brasil real que expõe a carência de um povo e o comprometimento e a competência dos Agentes Comunitários de Saúde, que têm como algumas das suas principais atribuições a disseminação de informações para prevenir doenças, o monitoramento da saúde das famílias e o encaminhamento de pessoas para as unidades de saúde. Ações que representam cerca de 85% das necessidades de saúde de uma comunidade. Mas eles vão além e desempenham também um importante papel acolhedor e transformador dentro das comunidades onde atuam.

“O trabalho dos Agentes Comunitários de Saúde vai muito além do que entendemos como saúde. Estes profissionais criam vínculos e conhecem a fundo as famílias, se tornando a principal referência destas pessoas quando elas precisam ser acolhidas por algum motivo. Muitos agentes tiveram papel importante em levar melhorias para as comunidades. São pessoas que vão falar com o prefeito e organizar manifestações para conseguir uma fossa séptica, o saneamento básico de um bairro, por exemplo. Eles atuam para garantir uma melhor qualidade de vida para a população”, afirma a escritora Angélica Santa Cruz.

Segundo a jornalista, os agentes também despertam nas comunidades a consciência de cidadania, muitas vezes desconhecidas pela maioria das pessoas atendidas por estes profissionais. “Muita gente não sabe quais são os seus direitos. Não sabe o que é oferecido pelo Sistema Único de Saúde e que tem direito a estes serviços. Os agentes fazem esta ponte com a comunidade”, ressalta.

Realidades regionais - O livro Caminhos da Saúde retrata as particularidades vividas diariamente pelos agentes comunitários de saúde que atuam com diferentes realidades culturais e regionais dos municípios brasileiros. Das margens dos rios amazônicos às estradas empoeiradas do sertão, das bucólicas zonas rurais às periferias das grandes cidades, não há limites nem barreiras para estes profissionais.

Uma das histórias é do agente Eudes Ferreira de Oliveira, 33 anos, que mora e trabalha em Jordão, um dos municípios mais isolados do Brasil, localizado no Acre. A 640 quilômetros da capital Rio Branco, a cidade possui pouco mais de 8 mil habitantes – 40% deles indígenas da etnia Kaxinawá. Eudes atende quatro comunidades na área do Baixo Tarauacá, fazendo o trajeto de canoa motorizada que comprou com o próprio salário. Nessas regiões, ajudou a erradicar a malária e vez por outra ajuda no tratamento de pacientes usando fitoterapia. O que mais sente orgulho é de ter contribuído para a diminuição dos índices de mortalidade infantil.

30 anos de compromisso com a saúde - A ideia da criação do livro surgiu como forma de celebrar os 30 anos de implantação oficial do Programa Nacional de Agentes Comunitários de Saúde no Brasil, completados em 2021. Ao longo de três décadas, o país passou a contar com cerca de 265 mil ACS inseridos no âmbito da Estratégia de Saúde da Família.

“O livro foi um presente para os Agentes Comunitários de Saúde. É uma forma de valorização e estímulo para aqueles que se doam enquanto profissional e sempre estão à disposição da comunidade, principalmente aos menos favorecidas do nosso povo”, afirma Ilda Angélica Correia, presidente da Confederação Nacional dos Agentes Comunitários de Saúde e Agentes de Combate às Endemias (CONACS).

Atuando há 31 anos como Agente Comunitária de Saúde no município de Maracanaú, no Ceará, Ilda denomina a profissão como uma missão. “A disposição desses guerreiros faz a diferença na vida dos cidadãos. Os agentes entendem sua profissão como uma missão, pois enfrentam qualquer desafio, qualquer intempérie da natureza para conseguir assistir à família que ele considera também a sua família”, pontua.

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