36 anos da morte do cantor e compositor Luiz Gonzaga
O "Rei do Baião" morreu 2 de agosto de 1989 em decorrência de um câncer de próstata

Foto: Arquivo nacional
O cantor e compositor pernambucano Luiz Gonzaga morreu há 36 anos, em 2 de agosto de 1989, aos 76 anos, em decorrência de um câncer de próstata e de um grave quadro de osteoporose. O artista foi responsável por popularizar ritmos como o baião, o xote e o xaxado em todo o país. Ao longo da carreira, lançou cerca de 200 milhões de discos e compôs mais de 500 músicas.
Um de seus maiores sucessos é a música Asa Branca, composta em parceria com Humberto Teixeira. Em suas letras, Gonzaga retratava a realidade do povo nordestino, abordando temas como a seca, a religiosidade, a migração forçada e as dificuldades enfrentadas pelas famílias do sertão. Sua música deu voz a uma parcela da população muitas vezes invisibilizada no cenário cultural brasileiro.
Conhecido como o "Rei do Baião", Luiz Gonzaga nasceu em 13 de dezembro de 1912, na cidade de Exu, no sertão de Pernambuco. Começou a carreira artística participando de programas de calouros e de rádio no Rio de Janeiro. Em reconhecimento à sua importância para a música brasileira, a data de seu nascimento foi instituída como o Dia Nacional do Forró.
Entre os principais legados de Luiz Gonzaga estão a valorização da cultura nordestina, a elevação do forró a um patamar nacional e a influência duradoura sobre gerações de músicos brasileiros, como Dominguinhos, Elba Ramalho, Gilberto Gil, Zé Ramalho, Fagner e muitos outros. Seu figurino com gibão de couro, chapéu de vaqueiro e sanfona tornou-se símbolo de identidade cultural do Nordeste.
Luiz Gonzaga também foi um dos primeiros artistas a utilizar a música como ferramenta de denúncia social, combinando tradição e crítica em uma obra marcada pelo lirismo e pela força popular. Sua contribuição é tão significativa que ultrapassa as barreiras musicais, transformando-o em um ícone da cultura brasileira.