O governo federal efetuou o pagamento de nove parcelas do Auxílio Emergencial em 2020 ao garimpeiro Pedro Emiliano Garcia, de 59 anos, condenado por genocídio de indígenas em Roraima, no caso conhecido como Massacre de Haximu. Ao todo, foram pagos R$ 4,2 mil, de acordo com o portal da transparência da Controladoria Geral da União (CGU), sendo que as duas primeiras parcelas, ambas de R$ 600, foram depositadas no próprio CPF de Pedro. 

Além dos pagamentos efetuados em maio do ano passado, ele também tentou receber o auxílio de R$ 150 deste ano, mas teve o beneficio negado, conforme registro no site da CGU. Pedro Emiliano foi preso em flagrante pela Polícia Federal com 2kg de ouro, no começo de julho de 2020. Ele foi apontado como dono de um garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami e suspeito de atuar na logística aérea de apoio às atividades de mineração ilegal.

No dia 24 do mesmo mês, ele passou a ser monitorado por tornozeleira eletrônica. Procurado pelo G1, o Ministério da Cidadania informou que, no ano passado, o nome do Pedro Emiliano não constava nas listas enviadas pelo Departamento Penitenciário Nacional (Depen), critério usado para análise sobre a elegibilidade ao Auxílio Emergencial, que evita pagamento do benefício a presidiários.