Homem que baleou mãe e filho após confusão por causa de xixi é condenado a 20 anos de prisão na Bahia

O suspeito de disparar tiros contra mãe e filho depois de uma confusão por causa de xixi, em Ilhéus, no Sul da Bahia, passou por julgamento popular na terça-feira (10), no mesmo município, dois anos após o ocorrido. Hugo David Cirino dos Santos, de 26 anos, foi condenado a 20 anos de prisão por homicídio e tentativa de homicídio.

O homem havia sido preso preventivamente no dia 22 de novembro do ano passado, no Presídio Ariston Cardoso, em Ilhéus. Na ocasião, a Polícia Civil apreendeu uma pistola, munições e diversos aparelhos de celular e notebook com o suspeito. Ele passou a responder tanto pelo homicídio de Breno Fontes Silveira Carvalho, que tinha 18 anos na época do crime, quanto por posse ilegal de arma de fogo de uso restrito.

Na acusação da terça-feira, estavam presentes sete jurados e sete testemunhas, entre eles Michele Fontes, mãe de Breno Fontes, que havia sido ferida durante o ataque. A sentença foi pronunciada pelo Tribunal do Júri, no final da tarde, e o suspeito retornou ao presídio.

Entenda o caso

O caso aconteceu no dia 6 de dezembro de 2002. Na época, a Polícia Civil informou que dois homens estavam em um bar próximo ao imóvel de Breno e Michele. Eles deixaram o estabelecimento para urinar em frente a casa das vítimas. Breno estava sentado com um amigo na porta do imóvel, e ao se deparar com a situação, reclamou com os homens. Nesse momento, uma discussão foi iniciada.

Ao ver a confusão, Hugo David, que também estava no bar, foi até um carro, pegou uma arma e atirou no pescoço de Breno. A mãe de Breno também foi atingida ao tentar defender o filho e ficou ferida no braço e abdômen.

As vítimas foram levadas para o Hospital Regional Costa do Cacau, em Ilhéus. Eles ficaram internados em leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). A mãe de Breno passou por duas cirurgias e teve alta hospitalar, enquanto Breno, ficou internado e morreu no dia 11 de fevereiro de 2022.

Hugo David havia se apresentado à polícia na época do crime, afirmou ter agido em legítima defesa e foi liberado, por ausência de flagrante. O Ministério Público da Bahia (MP-BA) ofereceu uma denúncia ao Tribunal de Justiça Estadual (TJ-BA) que aceitou e tornou o homem réu pela morte de Breno.