Homem vê irmão e pais que recusaram vacina morrerem de Covid-19 em 1 semana em Portugal

Francis Gonçalves está usando a dor de perder três familiares para alertar sobre riscos da desinformação

Por Da Redação
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Homem vê irmão e pais que recusaram vacina morrerem de Covid-19 em 1 semana em Portugal

Foto: Reprodução / Francis Golçaves/BBC

Francis Gonçalves, morador do País de Gales, no Reino Unido, está usando a dor de perder a mãe, o pai e o irmão como impulso para alertar outras pessoas sobre os riscos de não se vacinar contra a Covid-19.

Eles moravam em Portugal e decidiram não se vacinar, influenciados por notícias falsas sobre supostos riscos da imunização que não têm comprovação científica. Em julho, eles morreram no espaço de uma semana por complicações da doença, que parecem ter contraído durante um evento em família.

"Eles não aproveitaram a oportunidade de se vacinar porque ficaram com medo. Meus pais tinham problemas de saúde crônicos, mas deveriam ter tomado a vacina. Só que havia todo um alvoroço sobre isso”, disse Francis a BBC.

"Sei que muitas pessoas estão optando por não tomar a vacina. Elas não conseguem ver isso a partir de qualquer outra perspectiva — exemplo, por que alguém estaria distribuindo doses se elas fossem prejudiciais?"

"Tenho empatia por essas pessoas, elas estão se perguntando se estão fazendo a coisa certa. Mas isso vai prejudicar nossas famílias, então toda a propaganda [antivacina] tem que parar."

Gonçalves ainda teve que enfrentar a impossibilidade de não viajar para Portugal por causa de restrições de viagem para o país. Enquanto ele ficou retido no Reino Unido, seu pai Basil, de 73 anos, sua mãe Charmagne, de 65, e seu irmão Shaul, de 40, foram hospitalizados e enfrentaram uma piora rápida.

O irmão morreu em 17 de julho, seguido pelo pai três dias depois, e sua mãe morreu de Covid-19 no dia 24. Francis Gonçalves diz que as mensagens de apoio de amigos e familiares estão ajudando a enfrentar o luto.

"Acho que não vai ser fácil por muito tempo. Mas as pessoas estão me procurando e oferecendo condolências. Não teve um dia em que alguém deixasse de me contatar. Isso realmente tem ajudado."
 

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