ICMBio recebe especialista para erradicar espécie venenosa de peixe encontrada em Noronha
Peixe-leão é considerado uma ameaça ao meio ambiente

Foto: Volker Lekies/Pixabay
O Instituto Chico Mendes da Biodiversidade (ICMBio) recebe nesta segunda-feira (11) o biólogo brasileiro Paulo Bertuol. Ele foi chamado para tentar barrar a proliferação de peixes-leão, espécie venenosa e invasora de habitats marinhos, devido a experiência na captura em Bonaire, Caribe, local onde o animal tem causado problemas. Esses peixes estão adentrando a ilha de Fernando de Noronha desde dezembro de 2020. Só neste ano, 11 deles já foram capturados.
Pesquisadores falam que o peixe-leão oferece risco ao meio ambiente e pode causar desequilíbrio ecológico por consumir espécies endêmicas, que só ocorrem nessa região.
A primeira vez que o animal foi capturado em Noronha ocorreu em dezembro de 2020. Os peixes-leão voltaram a ser vistos nos segundo semestre deste ano. Em agosto, três animais capturados forma capturados e, no mês de setembro, foram sete, segundo balanço do ICMBio.
O biólogo Betuol vai trabalhar junto com as equipes da ilha e passar os conhecimentos sobre estratégias de captura do peixe-leão. Isso será feito por meio de palestras que abordarão assuntos como um estudo de caso sobre o animal e seus impactos na vida marinha, as perspectivas da invasão do peixe-leão no Brasil e os métodos de controle e erradicação do animal.
A primeira será na quarta-feira (13), às 19h30, na área externa do Projeto Tamar, no bairro do Boldró. Esse encontro é voltada para mergulhadores. Na sexta-feira, no mesmo horário e local, o biólogo conversa com os moradores que tiverem interesse em saber mais sobre a ameaça.
“Paulo Bertuol fica até domingo (17). Além das palestras, vão ser feitas capacitações para os profissionais de mergulho autônomo. O treinamento será executado nos barcos, com indicações práticas para captura do peixe-leão", informou o coordenador de Pesquisa e Manejo do ICMBio, Ricardo Araújo.


