“Ideia de um super-herói capoeirista já estava dentro de mim”, afirma Eddy Azuos
Escritor e ilustrador fala sobre a construção do personagem e a importância de representar heróis afro-brasileiros

Foto: Divulgação
No episódio do Podomblé que foi ao ar na última segunda-feira (1), o escritor e ilustrador Eddy Azuos explicou a origem da lenda do Badauê, um super-herói capoeirista que surgiu como homenagem a figuras afro-brasileiras e à cultura da capoeira.
“A ideia de um super-herói capoeirista já estava dentro de mim antes de eu imaginar o que seria a lenda do Badauê. Eu ficava muito incomodado em ter que pintar de bege personagens que tinham pele marrom. Isso me incomodava desde pequeno”, contou.
Eddy destacou que o contato com a capoeira na infância e o conhecimento de nomes históricos do movimento afro-brasileiro ajudaram a moldar o personagem. “Quando eu começo a entender a história da capoeira, conheço pessoas que jogaram e que para mim foram heróis. É daí que surge a inspiração”, explicou.
O autor reforçou que, embora o personagem carregue elementos visuais do mestre Moa do Katendê, a história não é sobre a vida dele. “Em tempos de tensão, artistas dão respostas por meio de suas obras. Eu usei traços de Moa para construir o Badauê, transformando referências em narrativa literária e visual, mas o super-herói tem vida própria”, disse.
O resultado é uma obra que valoriza a cultura afro-baiana e cria um herói que representa resistência, identidade e protagonismo negro, sem se restringir à história de uma pessoa específica.
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