Idosa de 95 anos recebe doses diferentes de vacinas contra a Covid-19, em Maringá
O município afirmou que comunicou o caso ao Ministério da Saúde

Foto: Reprodução G1
Uma idosa, conhecida como Etelvina Bressan Rebelatto, de 95 anos, recebeu duas doses de vacinas diferentes contra a Covid-19, em Maringá, na região norte do Paraná. A prefeitura da cidade confirmou que a paciente recebeu imunizantes distintos e disse que o caso está sendo monitorado, mas que ela ainda não apresenta sintomas relacionados à vacinação. O município afirmou que comunicou o caso ao Ministério da Saúde.
Ainda de acordo com a prefeitura, um procedimento interno foi aberto para apurar se houve falha humana ou de processos, para "reorganizar o sistema de Tecnologia da Informação para evitar casos futuros".
A Secretaria Municipal de Saúde disse que aguarda orientações do Ministério da Saúde e da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) sobre a aplicação da segunda dose da vacina de Oxford/AstraZeneca.
O Ministério da Saúde disse irá se manifestar após apurar as informações sobre esse tipo de evento com a área técnica da pasta.
Familiares de Etelvina contaram que a idosa recebeu a primeira dose da vacina no dia 9 de fevereiro. Na época, o imunizante aplicado foi a vacina de Oxford, da Fiocruz. De acordo com a família, agentes da Secretaria Municipal de Saúde retornaram à casa da idosa nesta segunda-feira (8) para aplicar a segunda dose. No entanto, desta vez, os profissionais usaram a CoronaVac, do Instituto Butantan.
Em entrevista ao G1, a neta da idosa, Ana Paula Bressan, disse que procurou a Secretaria Municipal de Saúde após perceber a troca, já que a família está preocupada com possíveis efeitos colaterais ou que a idosa seja contaminada com o vírus. "Vamos ter que esperar mais quatro dias para receber a segunda dose. E de qual vacina? A gente não sabe ainda, a gente não sabe o que fazer agora. Vamos deixar ela dentro de casa e esperar".
Estudos sobre o uso de imunizantes diferentes em uma mesma pessoa ainda estão sendo feitos.
O Ministério da Saúde afirmou, no fim do ano passado, que há risco de reação adversa grave para quem tomar doses de vacinas diferentes.