A defesa do idoso de 82 anos, acusado de matar a mulher em um condomínio de Alphaville, em Salvador, disse ao 1º Juízo da 1ª Vara do Tribunal do Júri, do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), que ele já encontra-se internado no Hospital São Rafael, porém sem previsão de alta. Na última quinta-feira (19), o suspeito foi transferido para a unidade com permissão do juiz substituto Paulo Sérgio Barbosa de Oliveira que, na decisão, determinou também que, após a alta hospitalar, o idoso será submetido à prisão domiciliar.

De acordo com o relatório anexado aos autos, assinado pela médica Vanessa Costa Neves, o idoso chegou à unidade de saúde com “queixa de recusa alimentar há um mês, hipoatividade há uma semana, episódios de hipotensão e discursos desconexos”. O relatório aponta ainda que ele iniciou tratamento e procedeu com a realização de exames.

Transferência

A equipe do Hospital de Custódia e Tratamento, onde o idoso estava internado, solicitou múltiplos exames. Com isso, a defesa do suspeito argumentou que o pedido feito pela instituição de saúde “propiciou uma preocupação excessiva nos familiares do Investigado”, em razão uso dos termos “extrema vulnerabilidade do periciando” e “máxima brevidade” para a realização dos procedimentos.

Ainda segundo os advogados do réu, um médico particular foi solicitado para examinar o interno, “atestando que existem hodiernamente condições ameaçadoras de morte, como desidratação, hipotensão e desnutrição em um idoso de 82 anos de idade, ao tempo em que sugere uma internação em enfermaria clínica para investigar as causas de perda ponderal, hipervitaminosemia B12 (que pode estar associada neoplasias malignas), dentre outras”.

Devido aos resultados dos exames, a defesa solicitou a transferência dele para o Hospital São Rafael, que atende ao plano de saúde Sulamérica, do qual é beneficiário, o que foi de concordância do Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA), em parecer juntado ao incidente de insanidade mental na última terça-feira (17).