IGBE: serviços tem queda de 10% na Bahia
O número compara janeiro deste ano com o mesmo período de 2020

Foto: Reprodução/G1
A Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada nesta terça-feira (9) pelo IBGE aponta que o volume do setor de serviços na Bahia caiu (-6,3%) em janeiro, frente a dezembro de 2020, na série com ajuste sazonal. Foi o segundo resultado negativo consecutivo no confronto com o mês imediatamente anterior (já havia recuado 1,6% de novembro para dezembro), depois de quatro avanços seguidos. Foi ainda o pior janeiro para o estado, nessa comparação, desde 2015, quando a queda havia sido de 8,9%.
A queda dos serviços na Bahia entre dezembro/20 e janeiro/21 (-6,3%) foi a terceira mais intensa entre os estados, ficando acima apenas de Rondônia (-15,6%) e Alagoas (-8,5%). Foi também um resultado bem pior que o verificado no país como um todo, onde os serviços avançaram 0,6%.
De dezembro para janeiro, o setor teve desempenhos positivos em 12 das 27 unidades da Federação, com destaques positivos para Distrito Federal (10,9%), Amapá (4,3%) e Tocantins (4,0%).
Ainda refletindo em grande parte os impactos da pandemia da Covid-19, o setor de serviços baiano acumulava queda de 10,4% entre março de 2020 e janeiro de 2021.
Os resultados negativos se verificaram também na comparação com janeiro de 2020. Nesse confronto, o volume dos serviços prestados na Bahia teve queda de 10,1%. Foi o pior janeiro para o setor no estado em dez anos, desde o início da série histórica da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), realizada pelo IBGE desde 2011.
No confronto janeiro 21/ janeiro 20, os serviços também recuaram no Brasil como um todo (-4,8%), ainda que bem menos que na Bahia, e mostraram resultados negativos em 18 das 27 unidades da Federação. Os piores desempenhos ocorreram em Mato Grosso (-19,8%), Alagoas (-11,3%) e Ceará (-11,0%), enquanto os melhores foram registrados no Amazonas (13,7%), Acre (10,4%) e Amapá (9,2%).
Assim, nos 12 meses encerrados em janeiro deste ano, os serviços seguem acumulando resultado negativo na Bahia (-15,3%), também num cenário pior que o do país como um todo (-8,3%) e o quarto pior resultado entre os estados.
Nesse acumulado, apenas Amazonas (0,9%) e Rondônia (0,1%) mostram variações positivas. Alagoas (-16,9%), Rio Grande do Norte (-16,8%) e Sergipe (-15,8%) têm os piores resultados.
4 das 5 atividades de serviços recuaram na Bahia frente a janeiro/20, puxadas pelos transportes (-12,4%)
O recuo no volume do setor de serviços baiano em janeiro, frente ao mesmo mês de 2019 (-10,1%) foi resultado de quedas ocorridas em quatro dos cinco grupos de atividades investigados pelo IBGE.
O maior recuo veio dos serviços prestados às famílias (-14,8%), que mostram resultados negativos seguidos, mês a mês, desde março de 2020. Entretanto, foram os transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio, com a terceira queda mais profunda (-12,4%), que mais contribuíram para o resultado negativo do setor em geral. Isso porque essa é a atividade de maior peso na estrutura dos serviços baianos.
Os transportes voltaram a recuar na Bahia, em janeiro, após três crescimentos seguidos, entre outubro e dezembro do ano passado.
Os dois outros grupos de atividades que tiveram quedas em janeiro na Bahia (serviços de informação e comunicação, com -3,2%, e serviços profissionais administrativos e complementares, com -13,0%) vêm com desempenhos negativos seguidos pelo menos desde novembro de 2019.
Por outro lado, com o único resultado positivo no mês, os outros serviços (10,9%) mostraram o segundo crescimento consecutivo na Bahia.


