Inadimplência sobe em março e chega a 65,6 milhões, próximo ao pico registrado na pandemia
O aumento foi 0,81% em relação a fevereiro, maior patamar desde abril de 2020

Foto: Reprodução
Pelo segundo mês consecutivo, o Brasil registrou recorde de inadimplentes, chegando a 65,69 milhões de pessoas, de acordo com o Mapa da Inadimplência e Renegociação de Dívidas do Serasa. O aumento foi 0,81% em relação a fevereiro e o maior patamar desde o começo da pandemia, em abril de 2020.
Também houve elevação no valor somado das dívidas e a quantia média por inadimplente. A soma total passou para R$ 265,8 bilhões, aumento de 0,91%. A média subiu menos (0,1%), mas chegou a R$ 4.046,31 por pessoa.
“A inadimplência está em alta desde dezembro, refletindo um cenário econômico de grandes dificuldades. Em um momento desafiador como este, acreditamos que o conhecimento e a educação são uma das principais alternativas para uma vida financeira mais saudável e para evitar ou até mesmo sair da inadimplência” diz Aline Maciel, Gerente da plataforma Serasa Limpa Nome.
O perfil de dívidas seguiu sem grandes alterações. Na liderança com 28,17% das dívidas em março, permanece o comprometimento das finanças com bancos e cartões de crédito. Em seguida, aparecem as contas básicas (como água, energia e gás) com 23,21%. Já o varejo aparece em terceiro lugar, com 12,62% no mês.
A principal faixa etária dos inadimplentes é dos 26 aos 40 anos (35,2%), seguida de 41 aos 60 anos (34,9%). São mais mulheres (50,2%) que homens (49,8%).