Inca: mais de 16 mil novos casos de câncer do colo do útero podem ser registrados em 2020
Doença é a quarta causa de morte de mulheres por câncer no Brasil

Foto: Agência Brasil
Segundo o Inca, Instituto Nacional de Câncer José de Alencar Gomes da Costa, este ano podem ser registrados 16.590 novos casos de câncer do colo do útero, também conhecido como câncer cervical. Este tipo de doença é causada pela infecção persistente por alguns tipos do HPV, Papilomavírus Humano.
No Brasil, o câncer do colo do útero é a quarta causa de morte de mulheres pela doença, depois do de mama, do de pulmão e do colorretal. Segundo o Atlas de Mortalidade por Câncer, em 2018, esse tipo de câncer causou 6.526 mortes.
Para Daniel Fernandes, chefe do Hospital do Câncer II, unidade do Inca que trata de cânceres ginecológicos, o câncer do colo do útero não deve ser confundido com o câncer do corpo do útero, ou endométrio. “São patologias diferentes.”
Segundo o especialista, em entrevista à Agência Brasil, o principal fator de risco do câncer do colo do útero é infecção pelo HPV, que pode ser contraída em relações sexuais sem proteção. “Por isso, a campanha de vacinação [contra o HPV] é tão importante". O médico também destacou que o Brasil já tem a vacina contra o HPV, mas a procura pelo imunizante ainda não é grande.
Em 2014, o Ministério da Saúde implementou a tetravalente contra o HPV para meninas de 9 a 13 anos no calendário vacinal. A partir de 2017, a recomendação foi estendida pelo órgão para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos. A vacina protege contra os tipos 6, 11, 16 e 18 do HPV. Os dois primeiros tipos causam verrugas genitais e os dois últimos são responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer do colo do útero.


