Indicador de produtividade da indústria recua 1,3%, no 3º trimestre
Queda é registrada desde o último trimestre de 2020, de acordo com a CNI
O estudo Produtividade na Indústria, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgado hoje (3), revelou que a produtividade do trabalho na indústria no terceiro trimestre de 2021 retornou ao patamar do segundo trimestre de 2020, período mais grave da crise gerada pela pandemia de covid-19.
O indicador que mede a relação entre o volume produzido e horas trabalhadas na produção registrou uma queda de 1,3% em relação ao segundo trimestre do ano, na série livre de efeitos sazonais.
Como mostra a pesquisa, o volume produzido no terceiro trimestre de 2021 retrocedeu 1,9% em relação ao segundo trimestre deste ano. E as horas trabalhadas recuaram 0,6% na mesma linha de comparação.
De acordo com a CNI, a produtividade vem mostrando queda desde o último trimestre de 2020. Quando comparado com o terceiro trimestre de 2020, último trimestre de alta do indicador, a perda total chega a 7,6%.
Como mostra o estudo, 2021 será o segundo ano consecutivo em que a produtividade pode ter retrocessos, com queda de mais de 2%. O maior recuo registrado pelo indicador desde o início da série histórica, em 2000, foi de 2,2%, em 2008, ano marcado pela crise financeira global.
Segundo a CNI, mesmo com um cenário desafiador para os próximos meses, a perspectiva é de melhora no longo prazo, por conta de oportunidades ligadas à digitalização e a transição para uma economia mais sustentável. “A expectativa é de retomada do crescimento da produtividade, puxada por oportunidades de investimentos nas novas tecnologias digitais, na implementação das redes 5G, considerada base para a digitalização, e em tecnologias verdes, que ganham importância diante da crise climática”, disse a gerente de política industrial da CNI, Samantha Cunha, por meio de nota.