Indicadores de mercado de trabalho da FGV atinge menor nível desde 2008
Índice caiu 42,9 pontos de março para abril

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Os indicadores do mercado de trabalho da Fundação Getulio Vargas (FGV) apresentaram uma piora em abril, devido os impactos e incertezas provocados pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19). O Indicador Antecedente de Emprego (Iaemp), que busca antecipar tendências com base em entrevistas com consumidores e empresários da indústria e dos serviços, caiu 42,9 pontos de março para abril deste ano.
Desta forma, o indicador recuou para 39,7 pontos, em uma escala de zero a 200. Foi a maior queda mensal e o menor nível do indicador na série histórica da pesquisa, iniciada em 2008.
O outro indicador da FGV, o Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) subiu 5,9 pontos em abril, para 98,4 pontos. Ao contrário do Iaemp, o ICD mede em uma escala invertida de zero a 200 pontos, em que o crescimento do indicador significa piora.
“O resultado do mês registra um aumento do pessimismo em relação ao mercado de trabalho. Os níveis recordes de incerteza tornam empresários e consumidores cautelosos, gerando uma deterioração das expectativas nos próximos meses”, afirma Rodolpho Tobler, economista da FGV.


