Inflação atingiu pico em setembro, diz presidente do Banco Central

IPCA-15 chegou a 1,14% no mês passado

[Inflação atingiu pico em setembro, diz presidente do Banco Central]

FOTO: Reprodução/ Agencia Brasil

De acordo com a avaliação do presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, durante a palestra na Associação Comercial de São Paulo, a alta da inflação deve ter chegado ao seu maior nível em setembro. “Nós entendemos que, em termos de inflação de 12 meses, setembro deve ser o pico. A gente ainda tem uma inflação alta em setembro”. 

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que mede a prévia da inflação oficial no país, chegou a 1,14% em setembro. A taxa é superior ao resultado de 0,89% de agosto e a 0,45% de setembro do ano passado. Com o resultado, a prévia da inflação oficial acumula taxas de 7,02% no ano e de 10,05% em 12 meses. 

Segundo Campos, a alta da inflação foi por causa de “dois choques” ocorridos em 2020 e 2021. No ano passado o Brasil sofreu com um forte aumento dos preços dos alimentos associado a uma grande perda de valor do real em relação ao dólar. 

Neste ano, a inflação está sendo puxada, de acordo com a análise de Campos, pelo aumento dos preços da energia. A gasolina, segundo o presidente do BC, continua subindo, apesar da quase estabilidade do preço do combustível a nível internacional, pela alta do etanol, que faz parte da composição vendida no Brasil, e o aumento dos valores dos fretes. “O etanol subiu mais de 40% no ano e o frete subiu também”.

A inflação da energia é um fenômeno internacional que, nos países mais desenvolvidos economicamente, acontece por razões diferentes. 

No Brasil, há ainda o reajuste de preços que está sendo feito pelo setor de serviços, que está ajustando os valores cobrados dos consumidores aos novos custos envolvidos com a inflação de outros setores. 
 


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