Inflação brasileira pode encerrar 2022 mais baixa que EUA, Europa e Reino Unido

A inflação brasileira está a caminho de fechar 2022 abaixo dos índices dos EUA, Europa e Reino Unido. Será a primeira vez que isso acontecerá caso as projeções do mercado financeiro se concretizem.

A variação do índice oficial de preços ao consumidor deve fechar abaixo de 7% frente às estimativas de 8% nos Estados Unidos, 7,5% na Zona do Euro e 13% no Reino Unido.

A inflação tem sido um problema não só para o Brasil, mas também para outros países. Após os impactos econômicos da pandemia de Covid-19, o aumento do preço das matérias-primas, principalmente do petróleo, devido à guerra entre Rússia e Ucrânia, pressionou os preços mundiais.

Além do conflito, também houve bloqueios na China, causando gargalos na produção. Esses fatores, somados aos locais, fizeram com que várias nações registrassem uma grande variação na inflação.

Com o movimento de desaceleração sustentado por essa possibilidade de o mundo crescer menos, dada a necessidade de aumento de juros para conter a inflação, ao longo de agosto e setembro os brasileiros devem ver a alimentação ainda com inflação, mas mais baixa do que vem registrando nos últimos meses.

Mas boa parte dessa desaceleração está altamente concentrada em gasolina e energia elétrica, com a redução da alíquota do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre gasolina e energia elétrica nos estados e a medida do governo federal que deixou o PIS /Cofins na gasolina e etanol em zero até o final deste ano.

Além disso, a Petrobras cortou os preços nas refinarias três vezes em menos de um mês, em linha com os preços mundiais do petróleo. O resultado já é sentido nas bombas. O valor médio do litro já caiu 26,9% (R $1,99), em dois meses.