Investidor parece estar mais preocupado com diminuição do dólar após Trump, afirma Galípolo
Presidente do BC dá declaração nesta quarta-feira (27), em evento em SP

Foto: Lula Marques/Agência Brasil
O presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, contou em evento em São Paulo, nesta quarta-feira (27), sobre o processo em que, depois do chamado "Liberation Day", a tradicional dinâmica em que os investidores recorrem ao dólar e a outros ativos dos EUA em momentos de instabilidade foi alterada.
“Outro ponto, que é novo, é uma mudança na correlação entre variáveis e moedas de países emergentes e o dólar. Historicamente, quando temos aumento de aversão ao risco, é normal que haja fuga para os ativos mais seguros, que estão nos Estados Unidos”, afirmou.
“Durante o Liberation Day, vimos esta correlação não funcionar tão bem. Depois, com os conflitos no Oriente Médio, de novo vimos esta correlação não funcionar da maneira que funcionava usualmente. Mas é cedo para dizer se isso é algo mais permanente ou provisório”, emendou.
Nesse contexto, conforme o presidente do BC, os investidores não deixaram de recorrer ao dólar e a ativos americanos, mas têm buscado mais operações de hedge, uma proteção que tem como objetivo neutralizar os efeitos da variação cambial.
“Os investidores passaram a fazer hedge contra a desvalorização do dólar. O investidor continua comprado em dólar, mas fazer hedge matematicamente é o equivalente a estar vendido. Vem crescendo este hedge contra desvalorização do dólar, algo que não era tão comum antes”, disse.
As informações são da CNN Money.