Investigado na CPMI do INSS gastou R$ 1 milhão em joias em seis meses
Danilo Berndt Trento também chegou a receber R$ 1 milhão de um dos principais investigados na “Farra do INSS”.
Foto: Danilo Berndt Trento. Créditos: Pedro França/ Agência Senado
O lobista investigado pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), Danilo Berndt Trento, gastou quase R$ 1 milhão em peças de alta joalheria em apenas seis meses. As informações são da coluna Andreza Metais com André Shalders, do METRÓPOLES.
Segundo informações sigilosas da Receita Federal enviadas à comissão, Danilo adquiriu no final do ano passado um par de brincos cravejados por mais de R$ 361 mil e uma pulseira de mais de R$215 mil. Já em junho deste ano, antes da deflagração da Operação Sem Desconto, da Polícia Federal, ele comprou um anel de ouro com turmalina paraíba avaliado em R$ 380 mil.
Outras aquisições entre fevereiro de 2023 a janeiro de 2025 demonstram o alto padrão de vida do lobista. Ele gastou R$ 79,5 mil com uma aliança da joalheria Cartier; R$9,5 mil em um jogo de cinco blusas polo da grife Hugo Boss; e R$ 1,1 mil em um jantar no B Hotel, em Brasília.
Além disso, a Receita Federal encontrou pagamentos de R$1,95 milhão do empresário Mauricio Camisotti, um dos principais investigados na “Farra do INSS”, para Trento. As análises das transações financeiras ainda mostraram que o investigado recebeu R$12,6 milhões e mais de R$1,7 milhão em contas diferentes.
O Relatório de Inteligência Financeira (RIF), por sua vez, apontou que ele recebeu R$11,6 milhões da empresa T5 Participações LTDA.
A empresa, em questão, foi adquirida por Danilo em novembro de 2022 e aumentou o capital social de R$ 20 mil para 1 milhão, com mudança de endereço e saída dos sócios originais.
Em março de 2024, a T5 Participações LTDA passou a ter como única dona Francine Rosa. Curiosamente, Francine vive em uma casa simples em Tubarão (SC) e foi beneficiária do Bolsa Família e, em seguida, do Auxílio Brasil até dezembro de 2022.
Esta não é a primeira vez que Danilo é investigado pelo Congresso. Em 2021, CPI-Covid-19 do Senado Federal, que investigou as suspeitas de corrupção e ineficiência do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL ) na gestão da pandemia, chegou a pedir o indiciamento dele.
