Investimento bilionário e chegada de grandes grupos internacionais marcam a a retomada do setor de hotelaria do Brasil

Só neste início do ano grandes grupos anunciaram apostas milionárias em diferentes regiões do país. Dentre elas a vinícola chilena Vik, que investirá quase R$ 500 milhões

[Investimento bilionário e chegada de grandes grupos internacionais marcam a a retomada do setor de hotelaria do Brasil]

FOTO: Divulgação

O setor de hotelaria do Brasil tem motivos de sobra comemorar neste ano de 2023. Após anos dramáticos que envolveram crises econômicas e uma pandemia, os números do setor voltaram a crescer e deram uma nova visão aos players do mercado que agora podem enxergar grande potencial de desenvolvimento para os próximos cinco anos.

O relatório Panorama da Hotelaria Brasileira de 2023 apontaram que ramo deverá receber até R$ 5,7 bilhões em hotéis urbanos até 2027. Além disso, grandes grupos anunciaram apostas milionárias em diferentes regiões do país. 

Exemplos incluem a vinícola chilena Vik, que investirá cerca de R$ 500 milhões em um hotel em Araçoiaba da Serra, São Paulo; as marcas Faena (do grupo Accor), Anantara (do Minor Hotels) e Vila Galé; além de representantes brasileiros como os grupos Tauá e Clara Resorts, que também estão lançando novos projetos no nordeste e sudeste do país.

De acordo com a pesquisa "Hotelaria em Números 2023" da JLL, o Brasil possui atualmente 10.601 empreendimentos hoteleiros. Destes, 994 são de marcas nacionais, 656 de marcas internacionais, 3.686 são hotéis independentes com até 20 quartos e 5.265 possuem mais de 20 quartos.

Segundo Orlando Souza, presidente do Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil (FOHB), os anos de 2015 a 2017 foram difíceis para a hotelaria brasileira. Ele aponta que a retomada começou em 2018, visando os níveis de 2013 (antes da Copa), mas a pandemia interrompeu o progresso em 2020. O ano de 2023 é considerado marcante para o setor.

“Hoje, as taxas de ocupação estão niveladas a 2019 – por volta de 60%. O Brasil, em termos de turismo interno, tem um potencial enorme. Há uma oferta turística muito alta que ainda é inexplorada por razões estruturais. As redes estão cada vez mais interessadas pelos resorts e empreendimentos de lazer. Elas enxergam muito potencial no que vai acabar acontecendo de um jeito ou de outro. Na pandemia, as pessoas começaram a se interessar mais pelo Brasil, viajando internamente pela impossibilidade de sair do país. Assim, começou a retomada que, em 2023, na minha opinião, é a grande chave”, explica.


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