IPCA fica em 1,06% em abril, maior alta registrada para o mês em 26 anos
Os dados são do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado pelo IBGE
Em abril, a inflação teve alta de 1,06% após ter alcançado 1,62% em março. Esse foi o maior resultado para o mês de abril desde 1996 (1,26%). No ano, o indicador acumula alta de 4,29% e, nos últimos 12 meses, de 12,13%, acima dos 11,3% observados nos 12 meses imediatamente anteriores.
Em abril de 2021, a variação havia sido de 0,31%. Os dados são do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado pelo IBGE. Em abril, os principais impactos vieram de alimentação e bebidas e dos transportes. Juntos, os dois grupos contribuíram com cerca de 80% do IPCA de abril.
No caso dos transportes, a alta foi puxada, principalmente, pelo aumento nos preços dos combustíveis que continuaram subindo, assim como no mês anterior, com destaque para gasolina, produto com maior impacto positivo no índice do mês.
Houve ainda aceleração nos grupos Saúde e cuidados pessoais (1,77%) e Artigos de residência (1,53%). O único grupo a apesentar queda no IPCA de abril foi Habitação, com -1,14%. Os demais ficaram entre o 0,06% de Educação e o 1,26% de Vestuário. O grupo habitação foi o único a apresentar variação negativa em abril, devido à queda nos preços da energia elétrica (-6,27%). Por outro lado, foram registradas altas no gás de botijão (3,32%) e no gás encanado (1,38%).
O IPCA abrange as famílias com rendimentos de 1 a 40 salários mínimos, enquanto o INPC as famílias com rendimentos de 1 a 5 salários mínimos, residentes nas regiões metropolitanas de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Vitória, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, além do Distrito Federal e dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís e Aracaju.