Ipea: Entrada do Brasil na OCDE pode elevar o PIB em R$ 38 bilhões por ano

Dados indicam aumento de 0,4% das riquezas por habitante caso entrada na organização seja concretizado

Por Da Redação
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Ipea: Entrada do Brasil na OCDE pode elevar o PIB em R$ 38 bilhões por ano

Foto: Reprodução/OCDE

A eventual confirmação da candidatura do Brasil à OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) deve impulsionar a atividade de comércio exterior e ocasionar em um crescimento econômico previsto de, aproximadamente, R$ 38,15 bilhões (US$ 7 bilhões) anuais em geração de bens e serviços. 

O valor estimado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) corresponde a um crescimento de 0,4% do Produto Interno Bruto (PIB) per capita (por habitante) todos os anos. Entre os principais benefícios listados pelo estudo aparecem a possibilidade de contribuir para o aumento do superávit e ampliar a captação de novos investimentos externos no país.

Além disso, o processo pode impulsionar a participação de cadeias produtivas globais, bem como a realização de novos acordos de cooperação com organismos internacionais como a OMC (Organização Mundial do Comércio) e o FMI (Fundo Monetário Internacional).

Na avaliação de Pedro Silva Barros, pesquisador do Ipea e editor da Revista Tempo do Mundo, os estudos publicados contribuem para fortalecer o diálogo entre acadêmicos e executores de políticas públicas sobre a possível entrada do Brasil na OCDE.

“Os dados, em conjunto com a pluralidade de abordagens presentes na publicação, ajudam a avaliar os potenciais benefícios, custos e desafios para o país, caso a entrada na OCDE venha de fato a ocorrer”, observou. Atualmente, além do Brasil, Argentina, Bulgária, Croácia, Peru e Romênia também pleiteiam a acessão à OCDE.

A entidade conta atualmente com 36 membros, e o aumento no número de candidaturas fez a OCDE buscar a definição de novos critérios para a aceitação de candidaturas. O Brasil apresentou formalmente sua candidatura em 2017 com o objetivo de implementar avanços na agenda de política econômica externa.

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