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Isabel Fillardis fala sobre maternidade atípica e revela descoberta recente da filha: “Dar nome às coisas é libertador”!

Aos detalhes...

Por Michel Telles
Às

Isabel Fillardis fala sobre maternidade atípica e revela descoberta recente da filha: “Dar nome às coisas é libertador”!

Foto: Divulgação

 A talentosa atriz Isabel Fillardis abriu o coração no podcast Conversa Materna, apresentado por Geovanna Tominaga, em um episódio marcado por emoção, vulnerabilidade e reflexão. Mãe de três filhos com diagnósticos distintos, Isabel compartilhou como foi a descoberta de ser mãe de crianças atípicas e revelou que recentemente sua filha mais velha, Ana Luz, de 24 anos, foi diagnosticada com transtorno de ansiedade.

“Eu diria que é para poder dar nome às coisas”, explicou Isabel ao falar sobre o conceito de maternidade atípica. “A maternidade já é uma situação complexa por si só. Mas, quando você tem uma criança que foge do padrão, precisamos reconhecer: são crianças atípicas. Neurodivergentes, com algum tipo de deficiência física ou intelectual. Elas precisam de acessibilidade, de uma rotina diferente, e a mãe também está nesse balaio.”

A atriz, conhecida por papéis marcantes na televisão e no teatro, é mãe de Ana Luz, de 24 anos, Jamal, de 21, e Kalel, de 8. Cada um deles, segundo ela, trouxe aprendizados únicos e desafiadores.

O diagnóstico de Jamal e o impacto na carreira

O segundo filho, Jamal, nasceu com complicações no parto que resultaram na Síndrome de West, uma condição neurológica rara caracterizada por crises epilépticas e atrasos no desenvolvimento. “Durante o parto, ele teve duas circulares no pescoço e fechou a cintura. Foi daí que veio a sequela e o diagnóstico”, relembrou.

Na época, Isabel estava no auge da carreira, consolidada na TV e no teatro. A notícia foi “drástica”, nas palavras dela. “Eu percebia que havia algo diferente porque já tinha a Ana Luz. Ele era muito quieto, calmo demais, não chorava. Mas o pediatra dizia que cada criança tinha seu tempo. Quando veio o diagnóstico, minha vida parou. Foram inúmeras internações. Eu precisei me dedicar integralmente a ele.”

Isabel contou que conseguiu permanecer com o filho graças ao contrato que mantinha na época, o que considera um privilégio. “Hoje eu entendo o quanto isso foi importante. Muitas mulheres são obrigadas a deixar o emprego, são abandonadas pelos companheiros e até pelos planos de saúde. Essas mães, muitas vezes, simplesmente deixam de existir para o sistema.”

Maternidade solo, estrutura e culpa

A artista também falou sobre o peso da maternidade solo e da falta de políticas públicas adequadas. “Parece que agora começam a olhar para nós. Existe uma lei tramitando para beneficiar mães atípicas. Espero que ela saia do papel, porque sem estrutura nenhuma mulher dá conta.”

Mesmo após a pausa na carreira, Isabel encontrou forças para retomar o trabalho no teatro, quando Jamal completou um ano. “Fui convidada para fazer uma peça infantil e hesitei em aceitar. No dia da estreia, meu filho teve alta e eu não pude estar lá. Falei com a médica pelo telefone e chorei muito. Mas eu precisava respirar, precisava trabalhar para continuar viva e com a mente sã.”

A terceira gestação e o filho com TDAH

Depois dos 40 anos, Isabel decidiu ter mais um filho. O caçula, Kalel, nasceu prematuro, aos oito meses, após uma gestação de alto risco que exigiu cerclagem do colo do útero e repouso absoluto. “Sou muito disciplinada. Quando me dizem o que precisa ser feito para dar certo, eu sigo à risca. E com a maternidade não seria diferente.”

O menino foi diagnosticado com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), o que exige acompanhamento constante. “Ser mãe de uma criança com TDAH é exaustivo. Eu preciso ajudá-lo a administrar o tempo, porque sozinho ele não consegue. É um trabalho diário, cansativo, mas cheio de amor.”

A nova descoberta de Ana Luz

No episódio, Isabel revelou também a descoberta mais recente: o diagnóstico de transtorno de ansiedade generalizada da filha mais velha, Ana Luz. A jovem, já adulta, começou a apresentar sintomas que levaram a mãe a buscar apoio psicológico. “Essa plasticidade, essa pluralidade de lidar com tanta complexidade dentro de casa, não é fácil. Mas dar nome às coisas é libertador. A partir do momento em que você entende o que está acontecendo, pode cuidar melhor.”

Maternidade real e não romantizada

Durante a conversa, tanto Isabel quanto Geovanna Tominaga refletiram sobre o ideal da “maternidade perfeita” e o quanto ele é nocivo. “Por que romantizaram a maternidade nesse nível, a ponto de nos enganar?”, questionou Isabel. “A gente passa por uma transformação física, emocional e mental muito profunda. Nossa mente muda de prisma, a forma de ver o mundo muda completamente.”

Geovanna, que também é mãe, compartilhou sua própria vulnerabilidade. “Eu chorava no puerpério pensando nas mães solo. Eu tenho ajuda, tenho um marido presente, e mesmo assim foi difícil.”

Uma conversa que acolhe

O episódio reforça o propósito do projeto Conversa Materna, criado por Geovanna Tominaga em 2020, ainda no formato de lives. Isabel participou da primeira temporada e agora retorna com um relato ainda mais potente sobre maternidade, saúde mental e autoconhecimento.

“Hoje eu entendo que para dar estrutura aos meus filhos, eu preciso estar bem comigo mesma. Preciso trabalhar, me cuidar e manter minha mente saudável. Só assim consigo estar inteira para eles”, concluiu Isabel.

Serviço
Podcast: Conversa Materna, com Geovanna Tominaga
Episódio: “Isabel Fillardis – A força de uma mãe atípica”
Disponível em: YouTube – Geovanna Tominaga Oficial
Ano: 2025

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