Isolamento social evita emissão de 1 bilhão de tonelada de carbono na atmosfera, revela estudo
O volume foi o menor registrado desde 2006

Foto: Agência Brasil
Nos primeiros quatro meses do ano, foi registrada a redução da emissão de 1 bilhão de tonelada de gás carbônico (CO2) na atmosfera, segundo um estudo realizado por pesquisadores ingleses da Universidade de East Anglia. O volume foi o menor registrado desde 2006. A pesquisa analisou a situação de 69 países durante a pandemia, inclusive o Brasil. Juntos, eles representam 97% das emissões globais de dióxido de carbono.
Divulgada nesta terça-feira (19), na revista 'Nature Climate Change', o estudo indica que, só em abril, as emissões de CO2 reduziram em 17% em todo o mundo em comparação com o mesmo período do ano passado. Por causa do isolamento social provocado pela pandemia, a circulação de veículos e pessoas e as atividades nas indústrias tiveram que ser suspensas para evitar a proliferação do vírus.
No pico da quarentena, entre o dia 20 de março a 3 de abril, o Brasil registrou uma queda de 25,2% nas emissões de carbono. Até o dia 3 de abril, o país evitou a emissão de 6,2 milhões de toneladas de CO2 na atmosfera. Já no período de 4 a 30 de abril, o ritmo de queda desacelerou, e o país deixou de emitir apenas 3,4 milhões de toneladas de carbono.
Já nos Estados Unidos, epicentro da pandemia em todo o mundo, a queda na emissão chegou a 31,6%, com redução de 207 milhões de toneladas. A China, onde foram registrados os primeiros casos do novo coronavírus, reduziu as emissões em 23,9%, equivalente a 242 milhões de toneladas a menos na atmosfera.
Em toda a Europa, foram 127 milhões de toneladas de CO2 a menos. Em seguida, vem a Índia, com 98 milhões de toneladas. No Brasil, o número foi reduzido em um décimo, ou seja, foram 9,7 milhões de toneladas a menos.