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Israel deporta para a Jordânia ativistas brasileiros presos em flotilha

Governo da Jordânia confirmou que recebeu brasileiros e pessoas de mais 21 países

Por FolhaPress
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Israel deporta para a Jordânia ativistas brasileiros presos em flotilha

Foto: Global Sumud Flotilla/Divulgação

Um grupo de 13 ativistas brasileiros que seguiam na prisão de Ketziot, em Israel, após ser interceptado em uma flotilha de ajuda humanitária para Gaza, foi deportado nesta terça-feira (7) para a Jordânia.

O QUE ACONTECEU

Brasileiros foram levados até a fronteira com a Jordânia e libertados, informou o Itamaraty. Segundo o órgão, os ativistas foram recebidos por diplomatas das embaixadas de Tel Aviv e Amã na fronteira e são transportados de carro para a capital do país. 

Governo da Jordânia confirmou que recebeu brasileiros e pessoas de mais 21 países. Entre os deportados também havia ativistas da Argentina, Uruguai, México e África do Sul. 

Esta é a terceira leva de deportações feitas por Israel após a interceptação da flotilha com mais de 40 embarcações. Um primeiro voo com deportados levou 137 pessoas para a Turquia no fim de semana, outros dois, com 170 pessoas, foram para a Grécia e a Eslováquia nesta segunda-feira (06). 

Até o momento, só um brasileiro tinha sido deportado: Nicolas Calabrese, que chegou ao Rio de Janeiro nesta segunda-feira (6). Seguiam no país: Thiago Ávila; Bruno Rocha; Lucas Faria; João Aguiar; Mohamad El Kadri; Mariana Conti; Gabriele Tolotti; Ariadne Telles; Lisiane Proença; Magno Carvalho; Victor Nascimento; Luizianne Lins e Miguel Viveiros.

Dos 15 membros da delegação brasileira que rumava a Gaza, 14 foram detidos. O único que não foi apreendido é Hassan Massoud, correspondente da Al Jazeera em São Paulo, que está na contagem de nacionais por ter um passaporte brasileiro. 

Apesar de estar na contagem de nacionais, Hassan, filho de pais palestinos, nasceu no Líbano. A embarcação em que o jornalista estava era considerada um "barco de observação" e não entrou na zona proibida pelas autoridades israelenses.

ENTENDA O CASO

Flotilha Global Sumud ("resiliência" em árabe) zarpou em setembro de Barcelona levando a bordo ativistas e personalidades políticas. Os grupos viajaram em embarcações separadas e chegaram perto das águas do enclave no começo de outubro, após um mês de viagem. 

Na quarta-feira (1º), a Marinha israelense começou a interceptar embarcações. Entre os ativistas detidos estavam representantes do Brasil, Argentina, México e Espanha. A ativista sueca Greta Thunberg, o brasileiro Thiago Ávila, a ex-prefeita de Barcelona Ada Colau e Mandla Mandela, neto de Nelson Mandela, também estavam nas embarcações. 

Fotilha afirma que tem intenção de transportar ajuda para o território palestino que, segundo a ONU, sofre com a fome extrema. No entanto, Israel impõe um bloqueio naval no entorno do território, onde há quase dois anos seu exército trava uma guerra contra o movimento islamista palestino Hamas, iniciada após o ataque de 7 de outubro de 2023.

O ataque do grupo extremista em 7 de outubro de 2023 provocou a morte de 1.219 pessoas em Israel. A maioria das vítimas é composta por civis, segundo um balanço da AFP com base em fontes oficiais.

A ofensiva israelense em represália matou pelo menos 66.225 pessoas na Faixa de Gaza, também civis na maioria. Os dados são do Ministério da Saúde do território, governado pelo Hamas, que a ONU considera confiáveis.

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