Israel propõe trégua de dois meses em troca da libertação de reféns em Gaza
Governo israelense envia proposta ao Egito e Catar, principais mediadores, buscando cessar-fogo no enclave palestino

Foto: Divulgação/Agência Lusa
O governo de Israel propôs uma trégua de dois meses na Faixa de Gaza em troca da libertação de reféns mantidos pelo Hamas, conforme informações do jornal israelense Walla. A proposta, enviada aos principais mediadores, Egito e Catar, incluiria também a troca por prisioneiros palestinos.
Calcula-se que 136 reféns, incluindo aproximadamente 25 mortos, ainda estejam retidos na Faixa de Gaza. Famílias intensificaram protestos pedindo ação de Netanyahu para a libertação, enquanto o primeiro-ministro mostrou relutância em acordos com o Hamas, defendendo pressão militar.
A proposta israelense não aceita a exigência do Hamas de cessar completamente a ofensiva militar iniciada após o ataque de 7 de outubro. A trégua anterior, em novembro passado, resultou na libertação de 105 prisioneiros.
A nova proposta prevê a libertação de todos os reféns vivos, a devolução dos corpos dos mortos e seria dividida em fases, podendo durar até dois meses. A primeira fase abrangeria mulheres, homens com mais de 60 anos e reféns em estado grave de saúde, seguida pela libertação de pessoas com menos de 60 anos, soldados, reservistas e devolução dos corpos de mortos detidos em Gaza.
Além disso, Israel e o Hamas poderiam chegar a um acordo sobre o número de prisioneiros palestinos a serem libertados em troca de cada refém, bem como uma possível retirada, em fases, do Exército de partes de Gaza. O acordo permitiria o retorno gradual dos palestinos deslocados internamente a Gaza e ao norte do território. O Hamas ainda não respondeu à proposta israelense, mas há "algum otimismo" quanto ao progresso, segundo fontes citadas.