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Jerônimo inaugura Centro de Anemia Falciforme no bairro do Garcia, em Salvador

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Jerônimo inaugura Centro de Anemia Falciforme no bairro do Garcia, em Salvador

Doença é uma condição genética e hereditária prevalente na população negra

Por Ane Catarine Lima
Jerônimo inaugura Centro de Anemia Falciforme no bairro do Garcia, em Salvador
Foto: Farol da Bahia

O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), inaugurou o Centro de Anemia Falciforme da Bahia –Rilza Valentim nesta segunda-feira (13), no bairro do Garcia, em Salvador. A unidade contou com um investimento de R$ 9,5 milhões e vai funcionar como referência de atendimento aos portadores da doença genética que tem prevalência na  população afrodescendente.

“Essa entrega tem um sentimento de tristeza por conta do passado, principalmente pela forma como o povo negro foi tratado. As pessoas tinham a capacidade de omitir uma doença como essa. Foi um tempo de fake, um tempo de mentira, para que nós, povos tradicionais, tivéssemos sido excluídos de um conjunto de políticas públicas. Ao longo do tempo, foi preciso a resistência de muita gente. [...] Essa é uma doença que acomete as miscigenações, mas é o povo preto que sofre", afirmou Jerônimo.

“A tristeza é por conta do passado, mas agora temos a alegria de termos pessoas que resistiram. Pessoas que mesmo sem acesso às informações tiveram coragem. Por isso, hoje fazemos essa homenagem à ex-prefeita Rilza Valentim. Não é só por ela ter morrido de anemia falciforme, mas pela coragem e inteligência dela. Essa entrega serve para encorajar as pessoas a assumirem as doenças e tratá-las”, completou. 

Anemia Falciforme

A doença falciforme é uma condição genética e hereditária prevalente na população negra, apesar de não ser exclusiva. Com mais de 76% da população baiana composta por negros, a incidência da doença falciforme é de 1/650 nascidos vivos. 

Atualmente, mais de 12.400 pessoas são acompanhadas em serviços especializados no estado, distribuídos nos municípios de Alagoinhas, Barreiras, Camaçari, Feira de Santana, Ilhéus, Itabuna, Lauro de Freitas e Salvador. Dados do Sistema de Informações Sobre Mortalidade (SIM) apontam que a Bahia teve 603 mortes por Doença Falciforme entre 2015 e 2022, sendo 86 apenas no último ano.

Centro

O Centro de Anemia Falciforme está equipado para realizar atendimento ambulatorial nas especialidades de hematologia, ortopedia, gastroenterologia, oftalmologia, nutrição, psicologia, odontologia, fisioterapia, serviço social e assistência farmacêutica. A Fundação de Hematologia e Hemoterapia do Estado da Bahia (Hemoba) é responsável pela gestão do equipamento.

“O centro tem todas as especialidades envolvidas no tratamento da doença falciforme, que é uma enfermidade hereditária e genética caracterizada pela alteração nos glóbulos vermelhos que adquirem o aspecto de uma foice, dificultando a passagem do sangue pelos vasos sanguíneos”, afirmou a secretária da Saúde da Bahia, Roberta Santana.

Foto: Farol da Bahia

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