A Casa Civil da Presidência da República afirmou, nesta segunda-feira (06), que os jogadores argentinos entraram no Brasil de forma irregular. Segundo a nota, os jogadores que atuam no Reino Unido não realizaram uma solicitação de excepcionalidade anterior à chegada, o que impossibilitou qualquer tipo de atuação do ministério.

A partida entre o Brasil e Argentina, pelas Eliminatórias da Copa 2022, foi interrompida neste domingo (05), pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), após quatro jogadores Emiliano Martinez, que atuam no Reino Unido, entrarem no Brasil sem cumprir a quarentena obrigatória de 14 dias.

A Casa Civil explicou o ocorrido e afirmou que não cabe ao Ministério da Saúde autorizar que os jogadores que não cumpriram as regras sanitárias sigam em campo. "Após a entrada irregular dos jogadores argentinos no Brasil, coube à Anvisa cumprir a norma estabelecida na Portaria 655, decisão que foi chancelada pelo Ministério da Saúde, que notificou a Conmebol sobre a impossibilidade de atuação dos jogadores na partida". 

O órgão também cita a existência de pedidos de entrada excepcional no país de pessoas vindas do Reino Unido sem a devida quarentena prevista em portaria, como solicitado por jogadores brasileiros em maio e junho deste ano. O procedimento passa pela análise da Anvisa junto ao Ministério da Saúde.

"Neste caso, a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) enviou pedido de excepcionalidade antes da entrada dos jogadores no país e se comprometeu a isolá-los na concentração da seleção, a reportar qualquer sintoma de Covid-19 e a enviar todas as informações dos jogadores para controle do Ministério da Saúde".