Jovem preso injustamente não consegue emprego

Lucas Moreira de Souza chegou a ser sentenciado a 77 anos de prisão, mas conseguiu provar a inocência na Justiça

Por Da Redação
Ás

Jovem preso injustamente não consegue emprego

Foto: Rafael de Paula/ASCOM DPDF

Um jovem de 27 anos, conhecido como Lucas Moreira de Souza, passou quase três anos presos injustamente no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, por crimes que não cometeu. Após ter a inocência provada, ele está desempregado. 

Desde que saiu do presídio, em outubro do ano passado, Lucas tenta "um trabalho com carteira assinada". Segundo a Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso (Funap), a situação dele é semelhante a de egressos do sistema penitenciário que tentam a ressocialização.

Lucas deixou o Complexo Penitenciário da Papuda em 22 de outubro, após ser inocentado de um suposto envolvimento em uma série de assaltos. Ele chegou a ser sentenciado a 77 anos de prisão, mas conseguiu provar a inocência na Justiça.

Pai de um filho de seis anos e morador de Ceilândia, em entrevista ao G1, Lucas contou que não teve grandes oportunidades depois que deixou o presídio. "Considero que as coisas melhoraram, até porque não estou mais preso. Mas não quer dizer que estejam mais fáceis".

Atualmente, ele trabalha em um semáforo, vendendo frutas, panos de chão e sacos de lixo. Na entrevista ele contou que, depois que deixou o presídio, conseguiu comprar uma motocicleta por meio de uma vaquinha, mas ainda falta conquistar a habilitação para começar a trabalhar com ela. "Ficar preso atrapalhou muito minha vida e, hoje, tento conseguir também atendimento psicológico. Nunca recebi nenhum apoio do governo. Entrei com um processo, mas ainda não houve decisão".

Este ano, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em parceria com o governo do DF, lançou o Escritório Social Virtual, onde ficam disponíveis vagas as pessoas egressas do sistema prisional.

O programa usa sistema de geolocalização para ligar os egressos aos serviços disponíveis. Entre as ofertas, estão o atendimento em unidades de saúde, sociais, em abrigos, além dos serviços de restaurantes comunitários e locais de prestação de assistência jurídica.

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