Jovens, negros e região Nordeste foram os mais atingidos pelo desemprego
País foi atingido em 13,5%, maior valor desde o início da série histórica, em 2012

Foto: Reprodução/Agência Brasil
Em 2020, a taxa de desemprego bateu recorde e teve efeitos devastadores sobre os jovens, os negros e a região Nordeste, em razão da crise econômica causada pela pandemia de Covid-19. Os dados são referentes aos dados divulgados na última quarta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O país atingiu 13,5%, esse é o maior valor desde o início da série histórica da pesquisa no formato atual, de 2012. De acordo com o IBGE, houve recorde de desemprego em 10 estados e no Distrito Federal, com destaques negativos para Bahia (19,8%), Alagoas (18,6%), Sergipe (18,4%) e Rio de Janeiro (17,4%). Na região Nordeste, a taxa média chegou a 16,7%.
A taxa de desocupação também cresceu 1,62 ponto percentual em relação ao ano anterior, mas entre pessoas pretas e pardas a alta foi maior, de 2,6 e 1,75 pontos percentuais, respectivamente. O percentual do desemprego entre as pessoas que se autodeclaram prestas (17,3%) era 58,7% superior à aquelas que se autodeclaravam brancas (10,9%). A população parda foi 15,4%.
Entre a população com faixa etária entre 18 e 24 anos, a alta foi de 2,85 pontos percentuais. Em 2020, 29,5% dessa parcela estavam desempregados, mais que o dobro da média nacional.
A situação, no entanto, pode ser pior diante dos recordes de contaminações por Covid-19, que já levaram cidades e estados a adotar medidas mais restritivas à abertura do comércio e dos serviços.