Júri começa a deliberar o veredito de Sean "Diddy" Combs nesta segunda (30)
Jurados deverão ter uma decisão definitiva sobre cada uma das cinco acusações

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O júri no julgamento de Sean "Diddy" Combs iniciou a deliberação para decidir se o rapper fez uma rede criminosa durante década em que ele supostamente obrigava as mulheres a fazer sexo com outros homens enquanto estava sob efeito de entorpecentes.
Os oito homens e quatro mulheres do júri receberam orientações por mais de duas horas pelo juiz Arun Subramanian sobre como a lei se aplica às provas apresentadas pela acusação. Todo eles devem chegar a uma decisão definitiva sobre o veredito de cada uma das cinco acusações que o colocaram no banco dos réus: conspiração de extorsão, tráfico sexual por força, fraude ou coerção, transporte para fins de prostituição (as duas últimas acusações são semelhantes para duas vítimas).
O júri examinará os depoimentos das 34 testemunhas que depuseram durante dois meses no julgamento, como também dezenas de registro telefônicos, financeiros e de e-mail. Diddy pode pegar prisão perpétua se for condenado.
A defesa utiliza o argumento que as mulheres que o acusam era adultas e tomaram suas próprias decisões, elas participaram de orgias sexuais com profissionais do sexo pagas pelo magnata. Duas das mulheres – a cantora Casandra “Cassie” Ventura e outra ex-parceira que testemunhou sob um pseudônimo, tiveram relacionamentos longos com Combs. A defesa atuou para acabar com a credibilidade delas, afirmando que elas fizeram isso por dinheiro e prazer, e refutou a pior acusação, a de extorsão.
A acusação, que nos EUA é o promotor, declarou que Combs se sentia “intocável” da posição privilegiada de poder que detinha. Nas alegações finais, o promotor afirmou na última sexta-feira (27) que, quando Combs praticou os delitos mais óbvios, “ele estava tão longe do limite que nem conseguia enxergá-lo”.
“O réu nunca pensou que as mulheres de que ele abusou teriam a coragem de dizer em voz alta o que ele havia feito com elas”. “Isso acaba neste tribunal”, afirmou ele. “O réu não é um deus”, finalizou.
Mas, para advogado dele, Combs era um “empresário negro bem-sucedido e autodidata” e, embora tenha reconhecido que os relacionamentos de Diddy com suas ex-parceiras eram “complicados” e que existia violência doméstica envolvida, ele tem acusações sobre isso. Embora pouco ortodoxo, o sexo foi consensual, disse o advogado. Combs não foi depor. A defesa também não apresentou nenhuma testemunha.