Júri condena Johnson & Johnson a pagar US$ 40 milhões a pacientes com câncer após uso de talco
Mulheres acusam empresa de não alertar consumidores sobre riscos associados ao produto

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Um júri da Califórnia decidiu que a Johnson & Johnson deverá pagar uma indenização de US$ 40 milhões a duas mulheres que afirmam que o talco produzido pela empresa causou seus casos de câncer de ovário. A companhia anunciou que irá recorrer da decisão.
Os jurados da corte superior de Los Angeles determinaram que Monica Kent receberá US$ 18 milhões, enquanto Deborah Schultz e seu marido terão direito a US$ 22 milhões após os argumentos de que a Johnson & Johnson sabia dos riscos associados aos produtos à base de talco, mas não alertou os consumidores.
Erik Haas, vice-presidente mundial de contencioso da Johnson & Johnson, disse em um comunicado que a empresa planeja "apelar imediatamente desta decisão e espera prevalecer, como geralmente fazemos com veredictos adversos aberrantes".
Em maio de 2020, a Johnson & Johnson anunciou que deixaria de vender o talco Johnson's Baby nos Estados Unidos e no Canadá, alegando que a mudança fazia parte de uma ampla reavaliação de seu portfólio de produtos em meio à pandemia.
Mas a suspensão aconteceu na sequência de uma série de litígios envolvendo a segurança do produto. Nos processos judiciais, os consumidores alegam que os produtos à base de talco da empresa foram contaminados com amianto, um conhecido agente cancerígeno.


