Juros do rotativo do cartão de crédito já superam a marca de 1.000% ao ano

No último dado divulgado pelo Banco Central, em julho deste ano, a instituição aumentou 8,7 pontos percentuais em relação ao mês anterior e atingiu 445,7% ao ano. O patamar é alto, mas o número representa "apenas" uma média. Na prática, as taxas chegam a superar a marca dos 1.000% ao ano. As informações são do Metrópoles.

Com base em dados do BC, a reportagem montou um ranking com as instituições financeiras que cobram os maiores juros do crédito rotativo do país. A líder é a Omni, com juros de até 1.092,46%. Em segundo lugar, veio a Crefisa, com 995%. O terceiro posto foi ocupado pelo Banco Triângulo, conhecido pela marca Tribanco, com 992,58%, que pertence ao varejista mineiro Grupo Martins.

Na lista, com dados de 20 a 29 de setembro, estão relacionadas 65 instituições financeiras, organizadas da menor para a maior taxa. Entre os bancos mais conhecidos pelo consumidor, o Pan ocupa o 46º posto, com taxa anual no rotativo do cartão de 770,23% ao ano. O BMG e o C6 estão, respectivamente, em 42º e 41º lugares, com 580,38% e 556,27%. A Luizacred, do Magazine Luiza, está na 34ª colocação, com 520,48%. Todos acima da média.

Os grandes bancos da maior para a menor taxa, estão o Santander (30º; com 437,17%), o Banco do Brasil (29º; 418,45%), o Bradesco (28º; 409,39%), o Itaú Unibanco (26º; 388,49%). Abaixo, e um tanto desgarrados desse bloco, vêm o BTG Pactual (16º, 281,74%) e Caixa (15º; 264,11%). 

O crédito rotativo é acionado quando o cliente não paga integralmente a fatura do cartão. O saldo devedor é deixado para o mês seguinte e se torna um empréstimo pessoal de curto prazo.