Justiça aceita pedido de recuperação judicial da Americanas
Decisão mantém a varejista de portas abertas e funcionando

Foto: Gustavo Lacerda/Agência CMA
O juiz Paulo Assed Estefan da Justiça do Rio de Janeiro aceitou o pedido de recuperação judicial da Americanas nesta quinta-feira (19). O magistrado avaliou que a varejista atende a todos os requisitos exigidos para o processo de recuperação. Na prática, isso significa que a empresa continua de portas abertas e segue com os negócios, incluindo negociação com fornecedores e com instituições financeiras.
O juiz decide então que, com o deferimento e a confirmação integral da liminar concedida cautelarmente, para que sejam suspensas todas as ações e execuções existentes contra as requerentes, seja confirmado o não prosseguimento de toda e qualquer cláusula que imponha vencimento antecipado das dívidas do grupo, “inclusive como medida de isonomia para a coletividade de credores”, delibera.
Na decisão, o magistrado alega que “trata-se de uma das maiores e mais relevantes recuperações judiciais ajuizadas até o momento no país, não só por conta do seu passivo, mas por toda a repercussão de mercado que a crise das requerentes vem provocando e, por todo o aspecto social envolvido, dado o vultoso número de credores, de empregados diretos e indiretos dependentes da atividade empresarial ora tutelada, bem como o relevante volume de riqueza e tributos gerados.”
A decisão destaca ainda que o grupo informou que, em decorrência dos fatos noticiados, a companhia perdeu em uma semana quase 80% do seu valor de mercado, além de ter sofrido rebaixamentos consecutivos das agências de classificação de risco.