Justiça britânica reconhece Guaidó como "presidente interino" da Venezuela

Governo de Nicolás Maduro teve o acesso impedido ao ouro avaliado em US$ 1 bilhão

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FOTO: STF / AFP

O juiz britânico Nigel Teare determinou, nessa quinta-feira (2), o reconhecimento de Juan Guaidó como "presidente interino" da Venezuela, em um julgamento sobre mais de 30 toneladas de ouro venezuelano depositadas no Banco da Inglaterra (BoE). O governo de Nicolás Maduro teve o acesso impedido ao ouro, que é avaliado em US$ 1 bilhão.

"O governo britânico reconhece o senhor Guaidó na capacidade de presidente constitucional interino da Venezuela" e "em virtude da doutrina de 'uma única voz' o tribunal deve aceitar esta declaração como inequívoca", escreveu o juiz.

O presidente do Banco Central da Venezuela, Calixto Ortega, pediu o desbloqueio do ouro em maio para financiar o combate à pandemia de Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. Contudo, o BoE afirma que o ouro está bloqueado entre esta direção do BCV e outra rival, nomeada por Guaidó. Por este motivo, Nigel Teare decidiu examinar antes, em um caso diferente, quem deve ser reconhecido como legítimo representante da república venezuelana.

A instituição financeira já anunciou que irá recorrer. "O Banco Central da Venezuela pedirá permissão ao tribunal para apelar esta sentença, por considerar que ignora por completo a realidade da situação no terreno", afirmou em nota o advogado Sarosh Zaiwalla.
 


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