Justiça nega habeas corpus para anestesista preso por estupro durante parto
A primeira audiência sobre o caso está marcada para o dia 12 de dezembro

Foto: Reprodução/Twitter
A Justiça do Rio de Janeiro negou a solicitação de habeas corpus do anestesista Giovanni Quintella Bezerra. Ele foi preso em flagrante em julho deste ano depois de ter estuprado uma paciente sedada durante uma cesariana. A resolução foi do desembargador Celso Ferreira Filho, da 2ª Câmara Criminal.
Como destaca a nota divulgada pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), o processo tramita em segredo de justiça. A primeira audiência sobre o caso está marcada para o dia 12 de dezembro.
Nas imagens feitas por enfermeiros e técnicos de enfermagem que desconfiavam do médico, é possível ver Giovanni ao lado da paciente, que está dopada. Na ocasião, a equipe cirúrgica se preparava para começar a cesariana, enquanto Quintella colocava o órgão genital na boca da mulher.
Durante as investigações, foram ouvidas outras mulheres que também teriam sido abusadas pelo médico no mesmo hospital. Dessa forma, a polícia concluiu que Giovanni sempre agia no final dos procedimentos.
O anestesista administrava uma alta dosagem de sedativos e orientava que os acompanhantes deixassem a sala logo após o parto, diz a acusação. O estupro acontecia no momento em que a equipe médica se dedicava a fechar pontos da cesárea.
Segundo o Código Penal, o estupro de vulnerável tem pena de oito a 15 anos de reclusão, e se caracteriza quando a vítima é menor de 14 anos, enfermo ou deficiente intelectual, sem discernimento para a prática do ato ou sem condições oferecer resistência.