Kiko Celeguim defende lei mais ampla contra falsificação de bebidas
Relator quer incluir medidas de fiscalização e rastreabilidade

Foto: Câmara dos Deputados
O relator do projeto que endurece as punições para falsificação de bebidas com metanol, o deputado Kiko Celeguim (PT-SP), afirmou, nesta segunda-feira (6), que não quer limitar o texto à simples inclusão do crime entre os hediondos. Segundo ele, o momento exige uma legislação mais ampla, que aborde o caráter organizado e nacional do esquema.
"Eu quero ouvir todos os atores envolvidos para a gente apresentar uma proposta robusta, que possa cuidar de punir quem comete o crime, mas também provocar o governo e ajustar a nossa legislação para permitir um melhor ambiente para fiscalização", disse em entrevista ao Estúdio I.
Ele confirmou que já está em contato com o Senado, que também discute o tema, para "ajustar as impressões" e tentar construir um texto de consenso.
O parlamentar destacou que os casos recentes indicam atuação de organizações criminosas e movimentação financeira em larga escala. “Agora o que a gente está vendo atingiu todo o território nacional. Então, supostamente, tem todos os indícios aqui de que tem envolvimento de dinheiro pesado, porque nós estamos falando de falsificação de rótulos importantes, de marcas conhecidas", afirmou.
Celeguim reconheceu que um texto mais simples, restrito a tornar o crime hediondo, teria aprovação rápida. “Se for um texto simplista, você vai ter voto de grande parte da direita, sobretudo”.