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Laudo pericial aponta que Doria violou direito autoral de Marisa Monte e Arnaldo Antunes

Em vídeo publicado pelo atual governador de SP ouve-se a música "Ainda bem" no fundo

Por Da Redação
Ás

Laudo pericial aponta que Doria violou direito autoral de Marisa Monte e Arnaldo Antunes

Foto: Agência Brasil

Segundo um laudo pericial realizado por determinação judicial, João Doria (PSDB), então prefeito de São Paulo, hoje governador do estado, violou os direitos autorais dos cantores e compositores Marisa Monte e Arnaldo Antunes. Devido a utilização da música sem autorização, os cantores cobram do governador uma indenização de R$ 220 mil.  O documento apontou que, em agosto de 2017, o político publicou um vídeo nas redes sociais sobre a inauguração de um campo de futebol no parque Ibirapuera, em São Paulo, no qual aparece ao lado do ex-jogador Ronaldo Nazário. Na publicação, ouve-se ao fundo a música "Ainda bem", composta em 2010 por Marisa e Arnaldo.

"O vídeo possui o claro intuito de promover a imagem pessoal de Doria", disse o advogado Caio Mariano, que representa os compositores, à Justiça. "Cabe ressaltar que Marisa Monte nunca autorizou nem jamais autorizaria o uso de sua voz ou mesmo interpretaria qualquer canção para qualquer publicidade, de qualquer segmento que seja, muito menos político-partidário", completou a defesa.

Contudo, Doria se defendeu alegando que não houve a intenção deliberada de fazer utilização irregular da música. "A obra musical de autoria de Marisa Monte e Arnaldo Antunes não foi voluntariamente escolhida para estar no vídeo", disse o atual governador de SP. "A música, com o devido respeito à obra e criação, não guarda nenhuma relação com as imagens e nem com as palavras proferidas pelo governador", afirmou Leonardo Bertolazzi,  advogado de Doria, à Justiça. "Convenhamos que, para falar de esporte, se fosse o caso de escolher e sincronizar uma canção, sem dúvida seria uma obra mais frenética e com o dinamismo e força que a temática pedia" , completou.

No laudo judicial, a perita Beatriz Monteiro afirma considerar que os direitos patrimoniais e autorais dos compositores foram violados, sim, ainda que o material tenha sido produzido em um evento público e aberto. 

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