Lava Jato pede ao STF que diálogos com Moro sejam declarados prova ‘ilícita e imprestável’
O documento foi enviado ao ministro Ricardo Lewandowski

Foto: Agência Brasil
A força-tarefa de Curitiba acionou o Supremo Tribunal Federal para pedir que todo o acervo da Operação Spoofing, com o objetivo de investigar as invasões às contas de Telegram de autoridades brasileiras e de pessoas relacionadas à operação Lava Jato, seja declarado como prova “ilícita e imprestável”.
“Tal material pode ter sido objeto de múltiplas adulterações, é imprestável e constitui um nada jurídico, de modo que nenhuma perícia após a sua apreensão terá o condão de transformar a sua natureza como que por um passe de mágica”, diz um trecho do pedido.
O documento foi enviado ao ministro Ricardo Lewandowski nesta segunda-feira (1º). Os procuradores ainda pedem a revogação da ordem de compartilhamento das mensagens com a defesa do presidente Lula, que deve ser proibido de usar o conteúdo “para qualquer finalidade que seja, inclusive em defesas judiciais”.
Assinam o documento, entre outros, o ex-chefe da força-tarefa em Curitiba Deltan Dallagnol e os procuradores Januário Paludo e Laura Tessler.
Ainda nesta segunda, o ex-juiz Sérgio Moro, que teve as mensagens também divulgadas no processo, afirmou desconhecer a veracidade das mensagens.